POBRE
PARAUAPEBAS II
CONTINUAÇÃO
Não é justo dar ouro em troca de papel. Mesmo quando este
papel é dinheiro. Ouro troca-se por ouro ou por material de valor, de igual
peso. E quando a corrupção é combatida com determinação.
Há décadas Parauapebas desafia as
normas do pais e suas crises, crescendo sem parar. O grandioso projeto Carajás
foi planejado para 400 anos! Todos entendiam que este crescimento espetacular
duraria varias vidas inteiras. Só que o capital é falso, mente e a tecnologia é
um desafio constante a inteligência dos homens. Jamais serão sequer 70 anos, como
a própria predadora assumiu. E o pior, com uma mina virgem a 75 km não é necessário
grande inteligência para saber o enredo e o gran finale. Esta é uma das razões pela
qual já estamos a ver navios...
Os
empresários, estas graças divinas, egoístas, incompetentes e perversos,
entendem uma única equação financeira – preços altos, margens absurdas e
folgadas, pequenos golpes e despreparo. Poucas vezes vivi entre “empresários”
mais selvagens, arrogantes e ignorantes – incapacitados. Seu crescimento não
foi por mérito, por espaço. Havia uma demanda absurda e insustentável por tudo.
Por tudo, naquelas áureos tempos.
Oferecemos
serviços aos grandes empresários. Foram unânimes com não. Não precisa.
Conhecemos este desenvolvimento fake, passageiro, viemos de Minas. Mas não e não. Ninguém pensou no futuro,
chegaram a falar em loucuras que isto ou aquilo jamais aconteceria. Mesmo
quando o maluco do Darci e aqueles malditos vereadores permitiram o inchaço exponencial
de um vilarejo pobre e sujo, transformando-o numa ampla e espalhada praça
urbana, ninguém quis escutar, é insustentável, podemos frear isto ou aquilo.
Delloite,
Diagonal Urbana, Grupo Abril e tantas outras “grandes consultorias” vieram as
nossas barbas vender sonhos mofados. Tiveram compradores e agora provam de seu
próprio veneno.
Esse
shopping não deveria existir, não temos fluxo financeiro para sua manutenção
neste patamar de preços, emprego e renda. Não temos fluxo financeiro local para
nada que esta ai. Acredito em lavagem de dinheiro, em golpes como o perpetrado
pela Buriti e Bradesco com recursos do fundo de Pensão da Petrobras.
Fizemos
um amplo estudo no Shopping e recomendamos sua alienação ao antigo
proprietário. Acharam estes idiotas com dinheiro sobrando e totalmente cegos
frente a realidade de Parauapebas, uma meia cidade, atolada em dividas monumentais
e repleta de desempregados retirantes. Com enorme ignorância e dinheiro
sobrando de outras transações, reformaram, aumentaram preços, inviabilizaram
ainda mais o já inviável. Shopping de localidade é para servir determinada
região. O em torno da WTorre, naquela situação já falida em São Paulo. Nem um
supermercado foi inserido como ancora naquele tempo. Nenhum hospital ou posto
de saúde fora construído para suporte, nem mesmo uma escola. Maluquice.
Não
entendemos como Lojas Americanas e as outras ancoras ainda resistem. A Loja
Avenida já vai tarde, tamanha a incompetência de sua gestão. Alias,
incompetência é uma palavra doce frente ao tamanho desvario de virem para um
arremedo de shopping numa cidade sem agua, rede de esgoto, energia elétrica
confiável, mão de obra merecedora ou capacitada. Merecem cada grau do fogo que
sentem neste inferno. Mesmo empresas “tradicionais” como Lojas Leolar ou Armazém
Paraíba carecem de gestão profissional ou fundamento na sua contabilidade
gerencial, fiscal e tributaria. A maioria não sabe se tem recursos ou se devem
seu patrimônio, não prezam por profissionalismo ou análise, são pioneiros.
Acostumados ao punhal e a bala acreditam em si com excessiva confiança. Não
irão sobreviver. Veremos o hoje shopping
ser abandonado, se transformando em algo que nem se imaginou. Em 2011
sugerimos aos então proprietários sua
transformação num hospital hotel ou centro de saúde regional.
Em
breve aquela região será um cenário de devastação. Gradativamente as famílias abandonarão
o sonho impossível da casa própria, precisarão de comida e dinheiro e irão
atrás. O abandono da prefeitura, sobrecarregada por corrupção e custeio crescentes
matara primeiro a periferia, depois os locais mais movimentados. O refluxo populacional
aumentará o abandono de edificações e
aparelhamento publico. O sistema de agua e esgoto jamais serão construídos
cobrindo toda a cidade.
O mesmo trágico e já administrável destino
terão as duas torres inúteis e desnecessárias, a enorme, branca e racista loja
Havan, os excessivos e cartográficos postos de combustível, o incompreensível
hotel Arcor e todos os demais excessos cometidos num vilarejo sujo e sem
futuro. O mesmo fim dos grandes, caros e mal iluminados supermercados, Hiper
Senna (2! Lojas), Matheus (com enorme desperdício de recursos inicial), Macri
(se não ficarem quietos ali, sem movimento) e o fadado a falência e limitado
Farturão.
Nada
ou ninguém poderá impedir ou protelar este futuro suicida, já virando
realidade. A inercia da ignorância e capacidade de renovação é um câncer
instalado há trinta anos!
Alias, estamos nos rendendo ao futuro: não
inventamos nada, as custas da VALE morremos. Seremos em pouco tempo mais um vilarejo
como Redenção, Xinguara, Eldorado. O futuro chegou. Viva o passado.
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