14 janeiro, 2021

5 cuidados para a aplicação bem-sucedida de argamassa projetada

5 cuidados para a aplicação bem-sucedida de argamassa projetada

Aplicação mecanizada de revestimento agrega produtividade e qualidade à obra. No entanto, deve ser acompanhada de boas práticas de execução. Veja a seguir


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A execução de um sistema com argamassa projetada divide-se, de modo simplificado, em três atividades principais: preparo da argamassa, transporte até o local de aplicação e lançamento sobre a base.

 

Recomendada para revestimentos internos e fachadas, a argamassa projetada promete maior previsibilidade sobre qualidade, produtividade e índices de perdas na aplicação de revestimentos argamassados.


A solução consiste na substituição da colher de pedreiro por um equipamento de projeção. No entanto, a simples troca não garante as vantagens decorrentes da mecanização. Para tanto, são necessários cuidados, especialmente relacionados ao planejamento e à execução no canteiro. Confira a seguir.


MISTURA DA ARGAMASSA


A execução de um sistema com argamassa projetada divide-se, de modo simplificado, em três atividades principais: preparo da argamassa, transporte até o local de aplicação e lançamento sobre a base.


Com relação à primeira etapa, o mercado dispõe de argamassas industrializadas específicas para cada tipo de projeção. É necessário verificar cuidadosamente as especificações do fabricante com relação ao teor correto de água. Essa adição deve ser controlada rigorosamente no momento da produção da argamassa.


LOGÍSTICA NO CANTEIRO


Um aspecto crítico na aplicação de argamassas é o transporte do material e de insumos. “A melhor logística a ser adotada é a que diminui distâncias, otimizando o serviço”, resume a engenheira Cristiana Furlan Caporrino, perita judicial e consultora em engenharia de estruturas.


Segundo ela, para se ter ganhos significativos de produtividade com o uso da argamassa projetada, é importante proporcionar condições favoráveis à produção. Os sacos de argamassa e a água devem ser dispostos próximos do misturador, já acoplado à bomba de projeção, para evitar movimentações desnecessárias. Isso também evita o carregamento de peso pelos operários por longos trajetos enquanto o equipamento estiver em operação.

 

“A melhor logística a ser adotada é a que diminui distâncias, otimizando o serviço”

Cristiana Furlan Caporrino


PLANEJAMENTO DA APLICAÇÃO


Um bom planejamento é vital para o sucesso da projeção de argamassa. O misturador, por exemplo, deve estar sempre abastecido. Alguns equipamentos não podem ficar parados muito tempo sem projetar, sob o risco de entupimento do mangote. Deve-se fazer a lavagem do equipamento sempre que for necessário interromper o serviço de forma mais prolongada ou encerrar a jornada de trabalho.


APLICAÇÃO DA ARGAMASSA


Para Cristiana Caporrino, um cuidado importante no momento da aplicação da argamassa projetada é garantir que a pistola não fique inclinada para baixo. A aplicação deve ser sempre contínua, feita horizontalmente ou um pouco inclinada para cima.


“Além disso, deve-se aplicar a argamassa em ‘cordas’ horizontais, fazendo um movimento lateral com a pistola, garantindo uma maior aderência da argamassa à base”, ensina a engenheira.


Atenção especial deve ser dada ao tempo de aplicação. Isso porque o traço da argamassa para projeção costuma apresentar cura mais rápida.


Deve-se aplicar a argamassa em ‘cordas’ horizontais, fazendo um movimento lateral com a pistola, garantindo uma maior aderência da argamassa à base

Cristiana Furlan Caporrino


COMO ESCOLHER A TECNOLOGIA DE PROJEÇÃO?


Há dois sistemas principais para projeção de argamassa. A escolha por uma ou outra tecnologia deve levar em conta o porte e necessidade de cada obra.


O sistema spray, popularmente conhecido como canequinha, é bastante prático de operar. Possui um recipiente acoplado ao projetor e é menos suscetível a entupimentos. Esse equipamento, no entanto, exige realimentação após cada ciclo de aplicação.


Há, também, o sistema por bomba, que permite o fluxo contínuo da projeção e chega a uma produção diária de até 150 m². Esses equipamentos exigem manutenção adequada e têm problemas com entupimento reduzidos com o uso de argamassas corretamente formuladas para projeção.


NORMAS TÉCNICAS


As seguintes normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) orientam o uso de argamassa projetada:


• NBR 7200 – Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Procedimento

• NBR 13.276 – Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Preparo da mistura e determinação do índice de consistência


• NBR 13.277 – Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Determinação da retenção de água


• NBR 13.278 – Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Determinação da densidade de massa e do teor de ar incorporado


• NBR 13.279 – Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Determinação da resistência à tração na flexão e à compressão


• NBR 13.280 – Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Determinação da densidade de massa aparente no estado endurecido


• NBR 13.281 – Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Requisitos


• NBR 13528 – Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Determinação da resistência de aderência à tração


• NBR 13.529 – Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Terminologia


• NBR 13.530 – Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Classificação


• NBR 13.749 – Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Especificação


• NBR 15.258 – Argamassa para revestimento de paredes e tetos – Determinação da resistência potencial de aderência à tração


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Noticia: aecweb

 

 

 

 


07 janeiro, 2021

Núcleo de Monitoramento da Semas alerta para rigor do 'inverno amazônico'

 Núcleo de Monitoramento da Semas alerta para rigor do 'inverno amazônico'

A partir de 15 de janeiro as chuvas devem se intensificar na Região Metropolitana de Belém e em outras áreas do Pará

As chuvas, em várias regiões do Pará, começa, a se intensificar a partir de 15 de janeiro.

O inverno amazônico virá com força este ano. De acordo com o boletim divulgado nesta quarta-feira (06) pelo Núcleo de Monitoramento Hidrometeorológico da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), as chuvas vão continuar caindo todo dia e, a partir do próximo dia 15, ficaram mais intensas na Região Metropolitana de Belém (RMB) e em boa parte do Estado. As temperaturas máximas em janeiro devem atingir de 32ºC a 33ºC, e as mínimas de 23ºC a 24ºC.


“De uma forma geral, as chuvas estão sendo causadas principalmente pela Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) aqui pro norte do Estado, e também pela Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) nas regiões Sul, Sudeste e Sudoeste”, informa o coordenador do Núcleo de Hidrometeorologia da Semas, Saulo Carvalho.


 Para a RMB e municípios vizinhos é esperado um volume de 400 milímetros (mm) de chuvas, com duração de curta a moderada, caindo principalmente entre o início da tarde e as primeiras horas da noite. Também são esperadas fortes rajadas de vento e grande incidência de trovoadas.


Para o nordeste paraense, as chuvas serão menos frequentes, com um total de precipitação em janeiro inferior a 250 mm na maior parte da região – no limiar entre abaixo da normalidade e dentro da normalidade. Na região o tempo continua quente, com temperaturas entre 24º e 32ºC.


Já no sul do Pará, o volume de chuvas só aumenta a partir da segunda quinzena de janeiro. Até lá, vai continuar chovendo de forma irregular. Os dias de sol vão se alternar com os de céu nublado ou encoberto, com chuvas de duração curta a moderada. A partir da segunda quinzena, as frentes frias e a Zona de Convergência do Atlântico Sul elevarão o acumulado mensal para valores superiores a 300 mm, especialmente no extremo sul, devido a chuvas de características entre normal e acima do normal.


Chuvas mais intensas - “As análises climáticas feitas pela equipe de Meteorologia da Semas apontam que, para o mês de janeiro, haverá aumento gradual das chuvas a partir do dia 15, quando ficarão mais frequentes e intensas. Na Região Metropolitana de Belém, o total mensal esperado de 400 mm está dentro da média de precipitação para a região. Já no sul do Pará, a chuvas mais intensas vão ocorrer após esta segunda quinzena, com fortes rajadas de vento e até trovoadas. No nordeste do Estado há uma situação específica com chuvas menos frequentes, principalmente na região litorânea, desde a região do Salgado até parte do Marajó. No sul do Pará, resquícios de frente fria que vão atingir a região vão aumentar o volume de chuvas no período”, afirma Saulo Carvalho.


Para o meteorologista e climatologista da Semas, Antonio Sousa, a atuação dos ventos na camada mais baixa da atmosfera, onde ocorrem os principais fenômenos meteorológicos, explica o aumento das chuvas na região. Segundo ele, “a intensificação das chuvas, principalmente na segunda quinzena, ocorrerá em função da configuração favorável dos ventos nos altos níveis da troposfera, favorecendo assim a atuação dos sistemas produtores de chuvas, como as Linhas de instabilidade (LI) na faixa norte e as frentes e ZCAS no extremo Sul do Pará”.


Assim como nos últimos anos, a Semas fornece o suporte de informações meteorológicas para a Coordenadoria Estadual da Defesa Civil e seus representantes municipais, para ajudar em ações de contingência no enfrentamento a eventos hidrometeorológicos severos durante o período chuvoso no Pará.



Noticia: Agência Pará