EXODUS
Parauapebas enfrenta na
sua curta historia a definitiva revisão de desenvolvimento e razão de existência.
Faltam lideranças e preparo. Falta o posicionamento da VALE sobre sua
responsabilidade no nosso destino. Segunda
e ultima parte.
Sempre que alguém daqui vai embora
Dói bastante mas depois melhora e com o tempo
Vira um sentimento que nem sempre aflora mas que fica na
memória
Depois
Melhora, Nei Matogrosso
Parauapebas
abriu mão em definitivo dos recursos federais. A construção da UPA é um
exemplo. Renegou-se a utilização do dinheiro da Saúde e optou-se por usar
recursos próprios. Agora mesmo se perdeu quase um bilhão para saneamento por
entraves de poder, motivos banais. Com a queda geral na arrecadação federal,
estes recursos estão minguando. Localmente, a saída das empreiteiras foi compensado
por pagamentos vencidos e por ora quitados pela mineradora. A mesma mineradora
VALE que não pára de nos dar noticias ruins e limitantes, com forte tendência a
deixar Parauapebas a cada dia mais pobre.
Há
pagamentos para a cidade. Mas não há a correta aplicação desses recursos
repassados, sendo perdido grande parte deles em “amizades” e corrupção. Evasão
de recursos.
Agora
temos uma cidade em colapso. A despeito dos últimos trinta anos de história não
temos saída ou salvação, nós estamos naufragando feio e perdemos o bonde da história.
Os
sinais do colapso são evidentes e preocupantes: estagnação da atividade
comercial, com lojas de referencia fechando as portas, encerrando trabalhos. Há
dispensa constante de pessoal nas grandes lojas de capital local, como os 240
dispensados do Hipersenna. O tíquete de
compra não cessa de reduzir em todo o comercio. As prestações imobiliárias
viraram calote, ninguém paga porque não pode, justamente num momento em que se reduz
o orçamento estes mesmo loteamentos passam à gestão da prefeitura.
EXODUS
Resta
a população desempregada e sem perspectivas de emprego, sair da cidade. Neste
quesito estamos enfrentando um verdadeiro êxodo, ou como digo, o primeiro
refluxo populacional da cidade. A grande maioria tem ou teve alguém que partiu atrás
de trabalho. Imóveis vazios, imóveis abandonados, creches sem crianças, salas
de aula esvaziando. Pessoas indo embora e deixando sonhos e planos para trás.
Qual será o preço dessa saída em massa?
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