DESEMPREGO!
A
merenda escolar tem sido para muitas crianças a única refeição do dia. Ouvi de
uma diretoria antiga que ela esta ordenando aumentar a quantidade porque tem consciência
dessa situação. Fico pasmo frente ao silencio da sociedade de Parauapebas
frente a esta realidade. Que parece ser invisível.
É a quinta ou oitava portagem sobre
este flagelo. Ninguém se manifestou.
A
premente situação de Parauapebas parece definitivamente não interessar os postulantes
ao Morro dos Ventos. E nem quem o habita
atualmente. Não ouço de quem espero vozes a apoiar os fracos e oprimidos.
Os
desempregados.
Os
pais e mães aflitos. Os jovens desiludidos com um sistema que os incentiva a
estudar e despreza seus títulos.
Decididamente
vivemos numa cidade de pessoas frias e desinteressadas com o destino dos seus
semelhantes. Me pergunto, como pode políticos e lideranças com seu poder de
pressão e de questionamento calarem frente a tamanha tragédia?
O
desemprego é o maior flagelo da sociedade moderna. O pior é que aqui poderia
ter sido previsto e evitado ou ao menos mitigado. Mas não foi. Sabem porque? Por
que não interessa a classe que determina quem vai comer ou quem vai comprar um
carro. Os dirigentes da ex capital dos
bilhões de dólares nunca compreenderam o que é Parauapebas, quem são as
pessoas que largam tudo de suas vidas
para virem para cá, tentar a sorte, ganhar algo mais.
Desprezam
tanto os trabalhadores que nem uma casa de apoio, A CASA DO TRABALHADOR,
proposta por nós há dez anos despertou qualquer atenção. De políticos, de
lideranças sindicais – estas sempre apressadas a fazerem acordo com as empresas
que deveriam antagonizar.
No
inicio deste desgoverno mostramos ao seu líder – Valmir da Integral, qual seria
o futuro próximo: queda na arrecadação e portanto crise econômica, desemprego
em massa justamente num momento em que a população estava endividada pelo sonho
da casa própria. Justo naquele momento, em que os grupos acostumados s seguir
em frente, estavam sendo freados pela realização do sonho do terreno próprio,
da construção do teto próprio. E ficaram. Aprisionados em Parauapebas, agora sem nada para fazer.
Completado
o ciclo de implantação, testes e amadurecimento da produção, Carajás prescindiu
daquele exercito construtor. Demitiu as empreiteiras que irrigavam a cidade com
recursos de salários e horas extras. Ao saírem, levaram a esperança da cidade consigo.
Perplexos
silenciamos sobre o desemprego. Não estávamos acostumados com massas de sem
trabalho. Não previmos este acontecimento porque? Pela acomodação da pensão mensal
dos royalties? Lamentável.
Quem
vai defender os deserdados do sistema mineral? Quem vai buscar alternativas e
saídas dignas dessa parcela que sofre com as necessidades imediatas e inadiáveis
de comer, de dormir, de morar, de pagar as contas?
Até
agora não apareceu ninguém. Nem as lideranças sindicais, ninguém. É como não existisse
o desemprego, as partidas forçadas deixando tudo para trás novamente.
Quem
vai fazer a diferença e lutar com esta causa?
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