A
OPORTUNIDADE DE PROPOR UMA NOVA ABORDAGEM ECONÔMICA
UMA
CIDADE SEM MINERAÇÃO.
Ou
não será, se os mesmos erros forem mantidos. Será o governo mais caro da
histórica de Parauapebas. Os gastos espetaculares e sem licitação, o aumento
insano dos gastos com obras antigas, a falta de planejamento e estrutura tecno-administrativa
e a grande distancia dos atos executivos da legalidade, podem jogar por terra
todas as possibilidades da cidade. Valmir
precisa repensar seu governo urgente.
Recentemente fui abordado na rua por um conhecido,
perguntando se a classe política tinha despertado para minhas ideias e crenças
em relação a VALE e sua impagável divida com Parauapebas. Esta visita de Valmir
a sede no Rio, foi precedida da minha visita, no distante 1996, para defender a
Integral e falar de Valmir quando, na privatização, o novo gestor da empresa
queria cortes de custo de até 40% nos contratos correntes. Reuni vários
empresários na época e Valmir foi o único a ir até o fim. Elaboramos um
consistente documento: AMBIENTE DE MUDANÇAS: PROPOSTA DE REDUÇÃO DE CUSTOS E
AUMENTO DE PRODUTIVIDADE E RIQUEZAS.
Munido dessa proposta, peguei o vôo em Carajás até o Galeão e de lá, à
sede da VALE, onde fui recebido por Ricardo Brito, então nosso parceiro local.
Foi uma proposta de manutenção da Integral na Mina de Ferro, porque tinha as
melhores condições de fazer a manutenção da mina, a custo controlado. Neste
momento, haviam montado a KASERGE e a MSE
para assumir os serviços gerais e de manutenção mecânica. E avisamos que não
daria certo, seria mais um erro, além da privatização e no curto prazo. Estas
empresas foram encerradas anos depois, com enormes prejuízos. Naquele distante
1996, ainda no Rio tivemos noticias de ampla movimentação em torno da Integral aqui
em Carajás.
Resultado histórico: todos os
empreiteiros locais sumiram, ficando apenas a empresa do Valmir, em parte
sustentada por forte e maciça presença
da nossa consultoria. Nosso trabalho, nestes anos todos, acabaram gerando o
livro MANUFATURA, hoje a venda nas
livrarias. Passamos todos estes anos, junto da Integral e seus proprietários, construindo a historia da
única empresa do sul/sudeste do Pará, certificada com a ISO 2001, trabalho
inicialmente apenas meu (1994), depois da Leudicy (2000) e novamente meu,
(2002), quando revi o trabalho da mesma, alterei profundamente seus fundamentos
e certificamos orgulhosamente a Integral. Quando alteramos a percepção de gestão, de
comprometimento e envolvimento de todos os elementos no processo de crescimento
ordenado, de competência e sobrevivência empresarial. A Integral sobreviveu.
Valmir sobreviveu e hoje é o prefeito de Parauapebas. Todas as pessoas
envolvidas naquele processo estão ai, Célia, Elson da Usimig (que inclusive
registrei), Pavão, Raimundo Qualidade (Omega Engenharia), Márcia (secretaria de
Valmir) e tantos outros.
Falei com Valmir no dia e hora em que
estava se dirigindo para esta reunião da foto. Estou escrevendo porque temos
outras propostas para o destino de Parauapebas. Pensamos em desenvolvimento
sustentável, o contrario e um curativo a loucura vista até aqui. Sofrimento,
degradação, manipulação populacional, corrupção e excessiva produção mineral.
Hoje acreditamos, vendo o que a China esta fazendo com o mineral comprado aqui
– o mercado secundário da Ásia é
preocupante, pelos preços vis que entregamos nosso subsolo e seus recursos não
sondados: ouro, urano, manganês, recursos biológicos e florestais não
mensurados e etc, quem entende sabe do que estou falando, e ainda vamos
entregar a VALE projeto de distrito minero
–industrial? Acho que, mais uma vez, daqui a 10 anos, vou escrever novamente o
mesmo (aqui: blogdoprefeito.blogspot.com), porque, na organização atual em que
se encontram as forças políticas e econômicas da região, um distrito nestes moldes é apenas propaganda
fantasiosa. De onde virão os recursos, os investidores? Basta ainda olhar para
o distrito industrial de Marabá, Ananindeua e tantos outros repletos de boa
intenção.
Não conhecemos Parauapebas. Não
conhecemos e ainda não discutimos os propósitos para a decretação do Território
Federal de Carajás. Não estudamos impactos regionais e tendências produtivas
concorrentes. Nem temos um sistema de energia, água e esgoto confiáveis.
Acredito que precisamos do apoio da VALE. Precisamos que esta empresa devolva a
cidade ao menos 1% de tudo que tira daqui. É
louvável a iniciativa, muito importante, mesmo porque nunca houve tal movimento
e novamente afirmamos que este momento esta sendo possível devido nosso
trabalho de consultoria ao prefeito. Fomos os primeiros a orientar a
administração para trazer recursos humanos e administrativos da maior
mineradora de ferro do mundo, para ajudar a reparar a má gestão, a corrupção e
a perda de tempo, numa cidade fundada exclusivamente para sua manutenção.
Mas acredito tremendamente que é momento
de avançar. Começar por ações complementares, encandeáveis e gradativas. Leiam
aqui: nossosservicos1.blogspot.com e vejam de que estamos falando. Nossa
proposta para o distrito Industrial de Parauapebas é diferente, é sustentável.
Ela ajuda a complementar as compras publicas. No distrito teremos preocupação
em garantir a instalação de empresas verdes, sustentáveis. Para a preservação
do Estado do Pará. Para mitigar parte dos problemas recorrentes do estado
atual.
E porque não estamos falando em
serviços? Um distrito de serviços financeiros ou de eletroeletrônica ou
administrativos. É o topo da cadeia econômica, a prestação de serviços. IBM,
METSO, CAT, HP, e tantas empresas migraram da produção industrial para a
prestação de serviços e todas estão milionárias. Ou você acredita que a NIKE faz suas bolas e trajes esportivos? A APPLE
produz industrialmente seus IPADS e IPHONES?
HÁ MUITO ELAS ENTREGARAM SUA PRODUÇÃO BRUTA PARA LOCAIS ERMOS DO PLANETA, para
a periferia. ESTA É A PROPOSTA
APRESENTADA A VALE. Agora imaginem a enormidade de impedimentos ambientais e
ecológicos para a instalação de um pólo mínero-industrial bem na entrada da Reserva
Florestal de Carajás. Bem, dirão, tudo é possível, já há exploração mineral na
região e dentro da floresta. Eu digo, é justamente contra isto que devemos deter
a expansão dessa destruição da natureza aqui no sul do Pará. Se podemos optar, neste momento pelo planeta e frente a destruição já em curso, vamos
optar por frear esta loucura. Se precisamos de novas matrizes econômicas e
devemos optar, vamos optar pela sustentabilidade.
Propomos
que a VALE ouvide esforços para a implantação de uma praça financeira em Parauapebas,
Marabá ou Belém ou São Luis. Um sistema de comercialização de ações,
commodities aqui, perto de suas minas. Ainda, os laboratórios de mineração,
de produção biológica. A vinda de institutos que estudam o meio ambiente,
a floresta, as sociedades do em torno, como a China esta fazendo com as grandes
escolas americanas e européias. Todo crescimento econômico e a inserção da
nossa região no mapa do mundo podem ser limpas, honestas, sustentáveis e
garantidoras do futuro das águas e da floresta para sempre.
Sinceramente
trabalho para o governo Valmir ser um
marco divisor no destino histórico de Parauapebas.
E pode sê-lo, se ele quiser. Se fizer as apostas corretas e necessárias. Não
acredito em acordo com o PT, com vereadores, acho todos inúteis e apenas
oportunismo de momento. Ações de governabilidade se faz com prestação de
serviços honesto e certo, de pessoas boas e comprometidas com o melhor futuro
para nossa cidade. Quero estar nestas negociações sobre o futuro de
Parauapebas.
Aquele amigo que me saudou e fez as
perguntas, todos que trabalham comigo sabem das minhas intervenções junto ao
governo municipal, fazendo proposições, interpondo idéias e levantando preocupações
com o destino de Parauapebas.
Nossa pauta para o desenvolvimento
propõe um amplo ouvido a população em geral, ambientalistas, geólogos,
fazendeiros, empresários, prestadores de serviços, juristas, economistas,
financistas, jovens e todos que quiserem
opinar. Alternativas ao ciclo mineral precisam ser implementadas já, o futuro vai
nos julgar por esta paralisia, esta moleza em tomar decisões. Não podemos
retroceder ao passado. Encerrar o ciclo da mineração e reconstruir ou construir
um ciclo de sustentabilidade e preservação ambiental poderá ser nosso futuro. E
muito mais lucrativo que a devastação das matas, dos rios, do subsolo. Não
somos contra a mineração, não somos loucos. Somos contra a falta de controle, a
desinformação e o controle populacional. Não sabemos o que sai de Carajás. Não
sabemos o valor de uma castanheira milenar, de qualquer outro vegetal e seus
recursos medicinais. Neste momento damos valor apenas ao minério, isto é uma
sandice. Podemos mudar isto, com a nova proposta para a nova produção econômica de Parauapebas. E
com a parceria com a VALE, de predadora a conservacionista. Ficará bem
para o mundo.
O novo ciclo mineral que se avizinha,
com a abertura da ultima mina a céu aberto do país, é promissor para a retomada
imediata dos negócios em Parauapebas. Mas este surto, com prazo de começo e
fim, é nossa poupança e tempo para implementarmos as soluções definitivas e
mantenedoras do crescimento sustentável de Parauapebas e região sul/sudeste do
Pará – Território Federal de Carajás. A nova mina não pode nos cegar a vender a
crença de que esta tudo bem. Não podemos e nem devemos continuar como
aposentados da VALE, vivendo de suas migalhas ou sobras miúdas depositadas
mensalmente. É muito pouco. Vejam o
relatório semestral de produção, comercialização e lucro link e
compreendam que a única saída é a diversificação e o encontro do destino
histórico dessa região sitiada.
Observações finais
... Ao afastar as pessoas que ganharam as eleições com ele, ao criar um clima de separação e hostilidade com a vice-prefeita, que nem lanche é servido mais em seu gabinete, ao fazer acordos e acordos e não cumpri-los, estará a cada dia, deixando a descoberto seu governo, sua liberdade e seus parceiros atuais.
Não
há garantias em relação a ilegalidade. O prefeito de Campinas, do PT, caiu.
Varias outras cidades brasileiras e paraenses, por muito pouco em relação ao
que vemos em Parauapebas, caíram. Não se pode confrontar a todos e sair
vencedor. Eu negociaria. E sobretudo parava de praticar ilegalidades. As margens
da gestão publica, a despeito de procuradores super ainda são a lei 8666 e a LDO. Não se tem ainda autoridade
para ignorar estas leis.
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