15 novembro, 2014

DEVASTAÇÃO



DEVASTAÇÃO
“o que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética...O que me preocupa é o silencio dos bons.” Martin Luther King


A corrupção é um câncer em si, mas quando se espalha pelo tecido social de uma comunidade, uma cidade, um estado, um país, ela altera a percepção de si, do próximo e do mundo, do meio ambiente a sua volta. Parauapebas esta doente, cansada, viciada, asfixiante.  Não percebemos porque estamos doentes também, e de forma terminal. É a razão pela qual passa despercebido ao olhar e sentidos de todos os cidadãos a tragédia ambiental e moral que se abate sobre nós.


Como no câncer, umas poucas células iniciais, alteram sua programação e passam a atacar as células próximas, alterando sua programação. Logo temos um tumor pequeno, altamente intoxicado e vivamente comunicante, contaminando seus pares, alterando sua percepção físico\química, mudando sua  visão e sua concepção biológica. É o que a corrupção fez com nossa comunidade. Não enxergamos mais e nem sabemos definir o certo do errado.


Este câncer começou lá atrás, nos tempos da Bel e sua turma. Especializou-se, cresceu, deu frutos nos tempos de Darci Lermen e seu PT e agora, expande, sofistica, amadureceu sob a batuta infeliz de Valmir da Integral. Quanta tragédia em apenas dois anos. Quanto desacato, quanta devastação esta doença causou neste curto espaço de tempo, desnudando nossa sociedade que, como diz o anjo Martin: “o que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética...O que me preocupa é o silencio dos bons.” Mas Cadê os tais formadores de opinião, cadê os lideres empresariais, onde estão os grandes grupos religiosos?  Este silencio covarde de todos é um estimulo violento a corrupção e a morte da natureza, humana e ambiental, uma coisa só.


Primeiro foram os loteamentos. Por uma infeliz e oportunista situação, a Buriti, a Nova Carajás, aproveitando  da fraca legislação e da relativa ignorância dos vereadores e do prefeito Darci, aliado ao seu execrável Secretaria de Habitação, fulano de tal, devastam a área de cinco Parauapebas e sem licença ambiental, sem obedecer qualquer legislação, constroem dos nada uma cidade 5 vezes maior, agregada a planta original da cidade antiga. Submersa agora pelos incontáveis problemas que se apresentam: sistema de esgoto sanitário, sistema elétrico não funcional, expansão da rede escolar, de creches, de transporte publico, de atendimento médico, enfim de tudo que seja mínimo para as pessoas viverem. De quebra, traz outro grave problema: o endividamento médio das famílias de trabalhadores, que agora pagam prestações e constroem, haja visto ser impossível manter os alugueis. Este endividamento por investimento patrimonial é saudável, mas o bem em contrapartida precisa ser registrado no cartório de terras mesmo em pagamento e, as construções sobre o terreno de outrem pode trazer serias complicações legais mais a frente, se o sistema de pagamento não for justo e estas famílias, que estão construindo seu bem maior sobre terreno dos outros, mediante contrato, não puderem arcar mais com suas prestações. Atenção. Naquele exato momento estava havendo o inicio das mudanças estruturais nos negócios do maior fornecedor de recursos no município, a VALE MINERADORA. Estava mudando seu centro de compras para São Luís e dispensando as empreiteiras, quando seus préstimos de implantação e expansão culminaram. Ou seja, estava  tendo inicio a um fim ou interrupção da liquidez corrente da cidade, então a maior exportadora do pais. Os recursos de salários, de longe o maior viés de liquidez corrente, estava secando. Não haveria mais a massa salarial disponível para a comunidade. Estes dois fatores – aumento da divida por família e aumento do desemprego desenharam a situação que hoje estamos vivendo: o comercio parado, as pessoas em retirada. Pela primeira vez na sua jovem historia Parauapebas sofre o refluxo populacional, mandando sua mão de obra, geradora de riqueza, embora.


É preciso entender que não há almoço grátis. A VALE sugou o que pode e agora esta a receber seus lucros. Paga a prefeitura,  o que a lei manda – entrega milhões todo  mês a administração local, para manter o cidade. Não entrega tudo, mas o pouco que entrega é muito para milhares de cidades do mundo todo. Restava a administração local planejar, conter custos  e ampliar sua base fiscal, tributaria e produtiva.


Numa cidade sem lideres, em que todos ainda acreditam que o melhor vem de fora, não se concatenou qualquer discurso sobre produção local. Nada do que foi pensado, nem o distrito industrial saíram do papel ou da cabeça dos arrogantes e despreparados políticos e da elite econômica. Este grupo precisa saber que são pioneiros e se portam como tais. Nossa consultoria tem mais de 1 milhão de acesso às suas páginas. Mas aqui não conseguimos avançar mais, é muito percalço e pouco conhecimento.


Assim, vimos na eleição de um grupo de empresários, uma perspectiva de desenvolvimento, de correção com contas publicas e responsabilidade com gastos(este governo irresponsável tem como lema desenvolvimento com responsabilidade. Não sabem o que estão falando). Aconteceu o contrario. E toda esta tragédia que estamos assistindo ou passando é causa direta da eleição de Valmir da Integral. Ele e mais ninguém, comportou de forma a atrair este câncer citado, dedicar a criar condições para sua expansão e termos o que temos hoje: uma cidade devastada.


Olhar a devastação a nossa volta. Os morros devastados e destruídos. De quem são os terrenos onde ficavam os morros, que são propriedade da união? Quem autorizou sua destruição? O morro histórico próximo ao Beira Rio II. Aos poucos esta sendo comido por cima, a torre ilegal da SAAEP foi colocada ali sem quaisquer estudos, sem licença, sem nenhuma analise, apenas a força bruta de fornecer agua, fornecer agua para um loteamento que a  prefeitura não deveria fornecer agua de graça. Sua terra será utilizada para o aterro de outro crime ambiental, a duplicação da pista da rodovia da vale, a PA 160, que não temos interesse imediato na sua duplicação, há outros meios mais barato de dar fluidez ao trafego de Parauapebas. E quando digo afoiteza, estou falando fundamentado. Não temos estudos de fluxo de trafego, não temos estudos de origem x destino então não podemos afirmar apenas o que nossos olhos veem. Precisamos de dados e analise, antes de gastarmos os milhões que a VALE deposita todo mês. Pode faltar e já esta faltando. A prefeitura há 4 meses não paga seus fornecedores se nos próximos 4 – 5 anos será assim. Se não mudarmos totalmente nossa concepção de  arrecadação, vamos virar uma cidade fantasma. É a hora da mudança conquanto grupo social e não temos liderança ou disposição para encarar tal mudança.


Olhar os açaizais destruídos, as castanheiras derrubadas, os alagadiços e pântanos secos, destruídos e loteados. Olhar as nascentes afogadas em terra e pó. Olhar a tragédia dos bichos, de ecossistemas inteiros sendo devastados e relegados à historia, de um dia. Em troco de que? Modernidade? Expansão urbana? Para quem? O próprio ambiente para os humanos esta devastado. Não temos sistema de esgoto sanitário, a água hoje ofertada não é sustentável (a produção é infinitamente cara. Não se tem a cultura de pagar pela água na cidade, portanto o SAAEP é,  a médio prazo, insustentável, logo vai voltar a faltar agua), energia elétrica, transporte público. Até leitos, até medicamentos e pasmem, até alimentos para crianças o hospital não tem. Apenas uma grande e maligna propaganda de que fazemos, de que construímos. Não temos orçamento para investimento. O corte de 30% de pessoal vai trazer apenas mais tragédia, mais pobreza e mais trabalho infantil para nossa cidade.


Os estudos básicos, quando o gestor pensa e planeja desenvolvimento sustentável ainda não existem em Parauapebas.  Por exemplo, os estudos  aerofotometricos, os estudos de fluxo, as plantas de desenvolvimento e agrupamento da população, a batimetria do rio Parauapebas, nosso excepcional fornecedor de água, as analises do Horácio em relação ao presente e futuro da agricultura, a atuaria do desenvolvimento fiscal e tributário, o perfil do distrito industrial e das outras capacidades reais do município cujas terras, quase 50% são ocupada por uma reserva ambiental natural.


Em resposta ao posicionamento meio tardio de um vereador local, escrevi num blog e reitero que:

A situação da comunidade de Parauapebas é preocupante e realmente revoltante.  Já vislumbrava quando diante da gestão caótica de sua empresa que Valmir da Integral iria permitir muita sandice e irresponsabilidade sendo o mandatário de Parauapebas.  Não há licenças ambiental para ninguém, não há planejamento, não há estudo de microclima urbano nem estudos aerofotometricos, não há análise planialtimetrica, não há entidade ambiental séria visto que o Conselho Municipal do  Meio Ambiente é letra morta. Marcelo Catalão fazia parte desse conselho, mas esta mudo. Todos estão mudos perante as loucuras que estas ditas autoridades estão cometendo contra o meio ambiente local. O morro atrás do Beira Rio II, de onde está-se tirando terra para a duplicação da PA, onde tem uma torre da SAAEP, esta sendo desmontado da mesma forma que aquele morro próximo ao shopping foi, aparentemente da noite para o dia. São crimes bárbaros, estes morros tem uma função natural, ajudam a dispersar os ventos, arejando a cidade e contendo grandes tempestades. Mas o mais hediondo desses crimes ambientais, é o destino do lixo patológico de Parauapebas. Para onde esta indo, quem esta recolhendo? Onde esta sendo descartado este resíduo altamente contaminante? Fico impressionado com os desmandos e loucuras cometidos nos últimos dois anos na cidade. Cadê os tais formadores de opinião, cadê os lideres empresariais, onde estão os grandes grupos religiosos?  Este silêncio covarde de todos é um estimulo violento a corrupção e a morte da natureza, humana e ambiental, uma coisa só. Conclamo todos que ainda se preocupam que se juntem a vice-prefeita, ao Jonas do Tropical para lutar contra a destruição do patrimônio ambiental de Parauapebas. Os empresários gananciosos são o próprio prefeito Valmir da Integral que, com seus compromissos absurdos e estritamente pessoais se cercou da pior espécie de homens que esta cidade já viu. Nem Darci, com sua odiosa expansão imobiliária, nem Bel com suas festas sem fim, fizeram pior para nossa cidade. Precisamos frear este grupo de crápulas ou perderemos nossa cidade. Os 10 vereadores que estão apoiando esta loucura estão no limite da pouca vergonha e molecagem. Deveriam se preocupar ao menos com seus eleitores ou mesmo seus familiares, a quem dizem proteger e trabalhar por eles. Miquinha é suspeito, esta denunciando certamente por ter seus interesses contrariados, compôs com Valmir quando votou a suplementação orçamentaria, sabendo que não  tinha excesso de arrecadação ou superávit orçamentário. Sabia também que não tinha dinheiro para pagar ninguém como estamos vendo fornecedores há 4 meses trabalhando sem receber ou ainda pessoas que trabalharam, entregaram produtos e serviços e não receberam por falta do processo legal, licitação, contrato e pagamento. Entregaram serviço e não receberam. Para este grupo a prefeitura deve mais de 50 milhões, apenas nestes dois anos de desvario. Os crimes ambientais são visíveis porque se tratam de montanhas, que estavam ali há milhares de anos. Mas os crimes financeiros, de prevaricação, de improbidade administrativa, de intromissão no legislativo, de crianças morrendo sem alimento no hospital e tantas outras barbaridades que um dia serão vistas, não se fala. ACORDA PARAUAPEBAS! FORA AOS RATOS! CHEGA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário