DEVASTAÇÃO
“o
que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos,
dos sem caráter, dos sem ética...O que
me preocupa é o silencio dos bons.” Martin
Luther King
A
corrupção é um câncer em si, mas quando se espalha pelo tecido social de uma
comunidade, uma cidade, um estado, um país, ela altera a percepção de si, do
próximo e do mundo, do meio ambiente a sua volta. Parauapebas esta doente,
cansada, viciada, asfixiante. Não
percebemos porque estamos doentes também, e de forma terminal. É a razão pela
qual passa despercebido ao olhar e sentidos de todos os cidadãos a tragédia
ambiental e moral que se abate sobre nós.
Como
no câncer, umas poucas células iniciais, alteram sua programação e passam a
atacar as células próximas, alterando sua programação. Logo temos um tumor
pequeno, altamente intoxicado e vivamente comunicante, contaminando seus pares,
alterando sua percepção físico\química, mudando sua visão e sua concepção biológica. É o que a
corrupção fez com nossa comunidade. Não enxergamos mais e nem sabemos definir o
certo do errado.
Este
câncer começou lá atrás, nos tempos da Bel e sua turma. Especializou-se,
cresceu, deu frutos nos tempos de Darci Lermen e seu PT e agora, expande,
sofistica, amadureceu sob a batuta infeliz de Valmir da Integral. Quanta
tragédia em apenas dois anos. Quanto desacato, quanta devastação esta doença
causou neste curto espaço de tempo, desnudando nossa sociedade que, como diz o
anjo Martin: “o que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos,
dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética...O que me preocupa é o silencio dos bons.” Mas Cadê os tais formadores
de opinião, cadê os lideres empresariais, onde estão os grandes grupos
religiosos? Este silencio covarde de
todos é um estimulo violento a corrupção e a morte da natureza, humana e ambiental,
uma coisa só.
Primeiro
foram os loteamentos. Por uma infeliz e oportunista situação, a Buriti, a Nova
Carajás, aproveitando da fraca
legislação e da relativa ignorância dos vereadores e do prefeito Darci, aliado
ao seu execrável Secretaria de Habitação, fulano de tal, devastam a área de
cinco Parauapebas e sem licença ambiental, sem obedecer qualquer legislação,
constroem dos nada uma cidade 5 vezes maior, agregada a planta original da
cidade antiga. Submersa agora pelos incontáveis problemas que se apresentam:
sistema de esgoto sanitário, sistema elétrico não funcional, expansão da rede
escolar, de creches, de transporte publico, de atendimento médico, enfim de
tudo que seja mínimo para as pessoas viverem. De quebra, traz outro grave
problema: o endividamento médio das famílias de trabalhadores, que agora pagam
prestações e constroem, haja visto ser impossível manter os alugueis. Este
endividamento por investimento patrimonial é saudável, mas o bem em
contrapartida precisa ser registrado no cartório de terras mesmo em pagamento
e, as construções sobre o terreno de outrem pode trazer serias complicações
legais mais a frente, se o sistema de pagamento não for justo e estas famílias,
que estão construindo seu bem maior sobre terreno dos outros, mediante contrato,
não puderem arcar mais com suas prestações. Atenção. Naquele exato momento
estava havendo o inicio das mudanças estruturais nos negócios do maior
fornecedor de recursos no município, a VALE MINERADORA. Estava mudando seu
centro de compras para São Luís e dispensando as empreiteiras, quando seus
préstimos de implantação e expansão culminaram. Ou seja, estava tendo inicio a um fim ou interrupção da
liquidez corrente da cidade, então a maior exportadora do pais. Os recursos de salários,
de longe o maior viés de liquidez corrente, estava secando. Não haveria mais a
massa salarial disponível para a comunidade. Estes dois fatores – aumento da
divida por família e aumento do desemprego desenharam a situação que hoje
estamos vivendo: o comercio parado, as pessoas em retirada. Pela primeira vez
na sua jovem historia Parauapebas sofre o refluxo populacional, mandando sua mão
de obra, geradora de riqueza, embora.
É
preciso entender que não há almoço grátis. A VALE sugou o que pode e agora esta
a receber seus lucros. Paga a prefeitura,
o que a lei manda – entrega milhões todo
mês a administração local, para manter o cidade. Não entrega tudo, mas o
pouco que entrega é muito para milhares de cidades do mundo todo. Restava a
administração local planejar, conter custos
e ampliar sua base fiscal, tributaria e produtiva.
Numa
cidade sem lideres, em que todos ainda acreditam que o melhor vem de fora, não
se concatenou qualquer discurso sobre produção local. Nada do que foi pensado,
nem o distrito industrial saíram do papel ou da cabeça dos arrogantes e
despreparados políticos e da elite econômica. Este grupo precisa saber que são
pioneiros e se portam como tais. Nossa consultoria tem mais de 1 milhão de
acesso às suas páginas. Mas aqui não conseguimos avançar mais, é muito percalço
e pouco conhecimento.
Assim,
vimos na eleição de um grupo de empresários, uma perspectiva de
desenvolvimento, de correção com contas publicas e responsabilidade com
gastos(este governo irresponsável tem como lema desenvolvimento com
responsabilidade. Não sabem o que estão falando). Aconteceu o contrario. E toda
esta tragédia que estamos assistindo ou passando é causa direta da eleição de Valmir
da Integral. Ele e mais ninguém, comportou de forma a atrair este câncer
citado, dedicar a criar condições para sua expansão e termos o que temos hoje:
uma cidade devastada.
Olhar
a devastação a nossa volta. Os morros devastados e destruídos. De quem são os
terrenos onde ficavam os morros, que são propriedade da união? Quem autorizou
sua destruição? O morro histórico próximo ao Beira Rio II. Aos poucos esta
sendo comido por cima, a torre ilegal da SAAEP foi colocada ali sem quaisquer
estudos, sem licença, sem nenhuma analise, apenas a força bruta de fornecer
agua, fornecer agua para um loteamento que a
prefeitura não deveria fornecer agua de graça. Sua terra será utilizada
para o aterro de outro crime ambiental, a duplicação da pista da rodovia da
vale, a PA 160, que não temos interesse imediato na sua duplicação, há outros
meios mais barato de dar fluidez ao trafego de Parauapebas. E quando digo
afoiteza, estou falando fundamentado. Não temos estudos de fluxo de trafego,
não temos estudos de origem x destino então não podemos afirmar apenas o que nossos
olhos veem. Precisamos de dados e analise, antes de gastarmos os milhões que a
VALE deposita todo mês. Pode faltar e já esta faltando. A prefeitura há 4 meses
não paga seus fornecedores se nos próximos 4 – 5 anos será assim. Se não
mudarmos totalmente nossa concepção de
arrecadação, vamos virar uma cidade fantasma. É a hora da mudança
conquanto grupo social e não temos liderança ou disposição para encarar tal
mudança.
Olhar
os açaizais destruídos, as castanheiras derrubadas, os alagadiços e pântanos secos,
destruídos e loteados. Olhar as nascentes afogadas em terra e pó. Olhar a
tragédia dos bichos, de ecossistemas inteiros sendo devastados e relegados à
historia, de um dia. Em troco de que? Modernidade? Expansão urbana? Para quem? O
próprio ambiente para os humanos esta devastado. Não temos sistema de esgoto
sanitário, a água hoje ofertada não é sustentável (a produção é infinitamente
cara. Não se tem a cultura de pagar pela água na cidade, portanto o SAAEP é, a médio prazo, insustentável, logo vai voltar
a faltar agua), energia elétrica, transporte público. Até leitos, até
medicamentos e pasmem, até alimentos para crianças o hospital não tem. Apenas
uma grande e maligna propaganda de que fazemos, de que construímos. Não temos
orçamento para investimento. O corte de 30% de pessoal vai trazer apenas mais
tragédia, mais pobreza e mais trabalho infantil para nossa cidade.
Os
estudos básicos, quando o gestor pensa e planeja desenvolvimento sustentável
ainda não existem em Parauapebas. Por
exemplo, os estudos aerofotometricos, os
estudos de fluxo, as plantas de desenvolvimento e agrupamento da população, a
batimetria do rio Parauapebas, nosso excepcional fornecedor de água, as
analises do Horácio em relação ao presente e futuro da agricultura, a atuaria
do desenvolvimento fiscal e tributário, o perfil do distrito industrial e das
outras capacidades reais do município cujas terras, quase 50% são ocupada por
uma reserva ambiental natural.
Em
resposta ao posicionamento meio tardio de um vereador local, escrevi num blog e
reitero que:
A
situação da comunidade de Parauapebas é preocupante e realmente
revoltante. Já vislumbrava quando diante
da gestão caótica de sua empresa que Valmir da Integral iria permitir muita
sandice e irresponsabilidade sendo o mandatário de Parauapebas. Não há licenças ambiental para ninguém, não
há planejamento, não há estudo de microclima urbano nem estudos
aerofotometricos, não há análise planialtimetrica, não há entidade ambiental
séria visto que o Conselho Municipal do
Meio Ambiente é letra morta. Marcelo Catalão fazia parte desse conselho,
mas esta mudo. Todos estão mudos perante as loucuras que estas ditas
autoridades estão cometendo contra o meio ambiente local. O morro atrás do Beira
Rio II, de onde está-se tirando terra para a duplicação da PA, onde tem uma
torre da SAAEP, esta sendo desmontado da mesma forma que aquele morro próximo
ao shopping foi, aparentemente da noite para o dia. São crimes bárbaros, estes
morros tem uma função natural, ajudam a dispersar os ventos, arejando a cidade
e contendo grandes tempestades. Mas o mais hediondo desses crimes ambientais, é
o destino do lixo patológico de Parauapebas. Para onde esta indo, quem esta
recolhendo? Onde esta sendo descartado este resíduo altamente contaminante?
Fico impressionado com os desmandos e loucuras cometidos nos últimos dois anos
na cidade. Cadê os tais formadores de opinião, cadê os lideres empresariais,
onde estão os grandes grupos religiosos?
Este silêncio covarde de todos é um estimulo violento a corrupção e a
morte da natureza, humana e ambiental, uma coisa só. Conclamo todos que ainda
se preocupam que se juntem a vice-prefeita, ao Jonas do Tropical para lutar
contra a destruição do patrimônio ambiental de Parauapebas. Os empresários
gananciosos são o próprio prefeito Valmir da Integral que, com seus
compromissos absurdos e estritamente pessoais se cercou da pior espécie de
homens que esta cidade já viu. Nem Darci, com sua odiosa expansão imobiliária,
nem Bel com suas festas sem fim, fizeram pior para nossa cidade. Precisamos
frear este grupo de crápulas ou perderemos nossa cidade. Os 10 vereadores que
estão apoiando esta loucura estão no limite da pouca vergonha e molecagem.
Deveriam se preocupar ao menos com seus eleitores ou mesmo seus familiares, a
quem dizem proteger e trabalhar por eles. Miquinha é suspeito, esta denunciando
certamente por ter seus interesses contrariados, compôs com Valmir quando votou
a suplementação orçamentaria, sabendo que não
tinha excesso de arrecadação ou superávit orçamentário. Sabia também que
não tinha dinheiro para pagar ninguém como estamos vendo fornecedores há 4
meses trabalhando sem receber ou ainda pessoas que trabalharam, entregaram
produtos e serviços e não receberam por falta do processo legal, licitação,
contrato e pagamento. Entregaram serviço e não receberam. Para este grupo a
prefeitura deve mais de 50 milhões, apenas nestes dois anos de desvario. Os
crimes ambientais são visíveis porque se tratam de montanhas, que estavam ali
há milhares de anos. Mas os crimes financeiros, de prevaricação, de improbidade
administrativa, de intromissão no legislativo, de crianças morrendo sem
alimento no hospital e tantas outras barbaridades que um dia serão vistas, não
se fala. ACORDA PARAUAPEBAS!
FORA AOS RATOS! CHEGA.
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