02 março, 2019

Saúde em Parauapebas!


GESTAO DA SAUDE DE PARAUPEBAS E A AÇÃO REPARADORA DA VESTATECH
Como a ação administrativa pode fazer a diferença










 Buscando garantir qualidade de vida, certificando que, quando acionados os equipamentos de suporte aos pacientes estejam funcionando adequadamente e com a perspectiva de que os investimentos e imobilizações em maquinas hospitalares não se transforme em custos e transtornos, procuramos o Engenheiro Clínico Cristiano Andrade, diretor da empresa Vestatech Equipamentos Hospitalares, quando conversamos sobre os ganhos para a saúde da população e para a sobrevida dos caríssimos equipamentos hospitalares, que a Engenharia Clinica proporciona. Um dos pioneiros aqui na região norte, com forte e destacada atuação na congestionada região sudeste – onde realizou importantes trabalhos, passando pelo tradicional Hospital Albert Einstein, ele nos fala da importante conquista de Parauapebas, cidade em a ação da saúde precisa apresentar resultados consistentes e finalizadores.

 Em entrevista ao Exclusivamidia, Cristiano fala sobre a importância de implantar a inédita manutenção preventiva da Engenharia Clínica no serviço público do município de Parauapebas ou de qualquer outra cidade que realmente compreenda que a disponibilidade do equipamento hospitalar é algo complementar e essencial a saúde das populações.

Importante salientar que o secretário de saúde, Sr. Coutinho, tomando essa decisão de estruturar a manutenção dos equipamentos caros e em grande quantidade, parados no hospital, esta agindo como águia, enxergando além: não basta ter recursos para aquisições, precisa manter em funcionamento e com equipes treinadas, tendo sabedoria em usar os mesmos. Parabéns a administração da Saúde. Acompanhe nossa conversa:
 
  • Mas afinal, o que é engenharia clínica e como ela pode ajudar a saúde em nosso munícipio?
A engenharia clínica dentro da cadeia de saúde é de suma importância, pois dentro de um hospital é a responsável por aplicar os conhecimentos e ferramentas de gestão na área de manutenção, para que exista uma melhoria significativa na qualidade do atendimento em saúde, aumentando a confiabilidade do equipamento através de calibrações, reduzindo ao máximo o tempo que o equipamento fica parado através de manutenções programadas, diminuindo o impacto no atendimento da população. Ainda atuamos na elaboração de pareceres e laudos técnicos para auxiliar na aquisição e inclusão de tecnologias médicas e sua informatização, o que depreende que temos que ter uma forte interação com todos os setores. Além disso, desde 2010, há resolução por parte da ANVISA em que um determinado profissional com nível de escolaridade superior e com registro no conselho de classe seja responsável pela elaboração e implantação do Plano de Gerenciamento de tecnologia utilizada na prestação de serviços de saúde em todos os hospitais e centros de saúde, o que cai como uma luva para o engenheiro clínico.  Aqui em Parauapebas a realidade não é diferente do resto dos hospitais do país. Temos uma demanda reprimida na área de saúde onde qualquer equipamento parado causa transtornos a todos. No nosso caso, adotamos o modelo digital de abertura de chamados, de forma que os usuários do nosso sistema tenha acesso ágil à informação, facilitando a tomada de decisão e que se possa corrigir rumos com brevidade para podermos manter o foco na melhoria da segurança do paciente, mantendo uma boa relação de custo-efetividade, aspectos estes que são bastantes ressaltados no nosso modelo de gestão. Isso reflete na entrega de resultados.
  
Qual a diferença entre engenharia clínica e manutenção?
A diferença entre as duas é muito grande, embora em primeira análise não fique muito claro essa diferenciação. Enquanto a manutenção corretiva tem uma postura reativa, sendo acionada apenas quando o equipamento quebra, a engenharia clínica previne e minimiza as paradas não programadas nos equipamentos. O resultado é que no caso de hospitais que investem apenas na manutenção corretiva, vemos com frequência uma variedade de equipamentos parados por longos períodos de tempo, prejudicando tanto o paciente quanto o hospital, pois o paciente deixa de receber o tratamento adequado em tempo hábil, gerando desconforto e insatisfação. Esse tipo de visão (apenas manutenção corretiva) está ultrapassada nos grandes hospitais.
Como está sendo a aceitação dos serviços de engenharia clínica no município?
Felizmente, não tivemos grandes dificuldades. A aceitação do público interno será orgânica a medida que eles foram identificando que a mudança trouxer benefícios. Com certeza eles perceberão que podemos somar muito no atendimento de saúde e agregar valor neste quesito. A ideia principal foi absorvida por todos os setores do hospital, policlínica e pronto atendimento e a colaboração foi imediata. Sem os profissionais, nossa atuação ficaria incompleta, pois precisamos do feedback e envolvimento deles que atuam diretamente junto aos usuários do sistema de saúde de Parauapebas para desenvolver, caso necessário, treinamentos para aprimoramento, face a crescente tecnologia na área de saúde. O Gerente de Enfermagem Júnior e o Diretor Eduardo Tuma nos deram um apoio gigantesco e contribuíram de forma decisiva na implantação do setor de engenharia clínica. Houve ainda, uma sensibilidade por parte do Secretário de Saúde, o Sr. Couto, em apoiar e autorizar esse tipo de contratação pelo município, demonstrando estar sintonizado estrategicamente com os grandes hospitais privados do país.
Qual o principal desafio da engenharia clínica nas áreas administrativas, operacionais e assistenciais do município?
Um dos principais desafios é alinhar os processos de engenharia clínica com o trabalho dos profissionais de saúde que já existem no local. Precisamos homogeneizar e acelerar a implantação total do sistema para a entrega de resultados consistentes, mas é primordial trabalhar fortemente as pessoas e não apenas as máquinas. Uma das nossas frentes é justamente essa, apoiar os colaboradores ou stakeholders do sistema de saúde do município, com palestras, cursos e treinamentos para maximizar o uso de equipamentos. Outro desafio é a logística. Como sabemos, estamos longe dos principais centros urbanos e isso dificulta a aquisição de peças e serviços para minimizar o impacto causado por um equipamento de alta complexidade que se encontra parado. O que me tranquiliza são os profissionais que contratamos. São excepcionais e que sob a batuta de nosso experiente supervisor Juscelino Mangueira, estarão demonstrando resultados operacionais acima das nossas expectativas. Precisamos vencer a primeira etapa, que será a instituição de uma nova cultura onde médicos e colaboradores compreendam que a engenharia clínica é um serviço integrado ao resto do hospital, também focado no paciente e na eficiência operacional. Agora estamos na fase de implantação dos serviços, mas em muito breve pretendemos entregar ótimos resultados. 

  • Quais resultados que os munícipes de Parauapebas podem esperar desse trabalho?
Nosso trabalho será entregar o máximo de resultados práticos e no que depender da Vestatech, iremos diminuir consideravelmente o índice de quebras dos equipamentos, prolongando a vida útil de equipamentos, poupando recurso valiosos da saúde com a compra desnecessárias de equipamentos. 
Em contrato com o Hospital Albert Einstein em São Paulo, por exemplo, conseguimos reduzir o índice de quebras em 80%, com treinamentos, entregando equipes médicas e corpo de enfermagem mais capacitados na operação de equipamentos e aqui não será diferente. Pretendemos entregar a disponibilidade dos equipamentos médicos em 95%, o que não é ruim, visto que no Hospital Israelita Albert Einstein entregávamos 98%, ou seja, em 98% do tempo total de um mês, os equipamentos estavam disponíveis para uso.
Claramente é um case de sucesso que pretendemos trazer como inovação ao município. Além disto, nosso software pode ser acessado via web ou celular, com leitura automática de QR Code para abertura de chamados, o que poupa tempo e facilita o trabalho. Outro ponto que iremos implantar é um plano de contingência para os equipamentos, planejando para evitar que situações imprevistas atrapalhem o atendimento. Se um respirador em uma UTI parar, por exemplo, as consequências podem ser catastróficas caso não tenhamos um plano de substituição.
Iremos implantar ainda, indicadores de gestão, que são de fundamental importância para a monitoração do desempenho do serviço de engenharia clínica. Com esses dados será possível detectar problemas operacionais e estabelecer metas para que exista a cultura de melhoria contínua: Tempo de atendimento aos chamados para manutenção corretiva; percentual de cumprimento das manutenções programadas, número de ordens de serviços solicitadas e finalizadas no período são alguns dos indicadores que serão levantados e repassados ao gestor de contrato.







Um comentário:

  1. Parabéns aos envolvidos, trabalhei na empresa Vestatech, e sei o grau de importância dos serviços dela prestado na área. Podem ter certeza que terá um impacto grande na saúde de Parauapebas, tecnologias e equipamentos de manutenções, calibrações e ensaios elétricos de última geração. Parabéns ao Sr. Couto por abrir as portas ao futuro, a população agradece.

    ResponderExcluir