01 maio, 2017

No limite



EM BUSCA DO SONHO















Parauapebas é uma cidade com quase trinta anos. O desafio de separar-se de Marabá, cidade mãe, depois parir Canaã dos Carajás, o que Chico das Cortinas fez sem traumas, ajudando o hoje prefeito Jeová e seu rebanho, parece que historicamente nos  exauriu. 

O antigo Cedere, hoje a cidade com melhor perspectiva de crescimento ou inchaço, por conta dos royalties da VALE via S11D. Vai depender de seu povo e de seus políticos. A fita atual é um destino mais ingrato que o de Parauapebas. Definitivamente os bons não estão por aqui. Marabá se consolidou como a joia do sul/sudeste e cresce firme.

Desde o início do ano nossa comunidade aguarda acontecimentos que possam viabilizar a transformação sonhada: crescimento estruturado. Enfrentamos há quatro anos o desafio da estagnação da nossa maior fornecedora de recursos e não encontramos caminho. Nem estamos buscando caminhos. Continuamos esperando pelos outros.

No vácuo de uma classe política inexistente e de uma classe empresarial acéfala que não importa para questões como honra, caráter, nome e acordo, ficamos à deriva e dependendo da boa vontade do maior charlatão que elegemos nestes quase trinta anos, Valmir da Integral.



Buscamos um antigo prefeito, que governara por longos oito anos a cidade e o colocamos, com aproximados quatro ou cinco mil votos de diferença e temos muita expectativa quanto ao seu desempenho, porque mais do que nunca, esse é nosso momento de renovação e de novos caminhos.

Não somos uma sociedade madura, não temos trinta anos. Não demonstramos como lidar com o momento. A formação da consciência social de que somos uma cidade ainda não vingou. Festejos, discursos e só. A consciência do coletivo não se formou. Apenas as dos grupos religiosos, dos repressores, dos aproveitadores, dos políticos e dos agrupamentos social identificados.  Não estamos prontos.


Acredito ser esse o desafio do passo adiante: não temos o líder. Pessoa ou grupo que tope arriscar o quadrado seguro, que veja a cidade com o potencial que ela tem. Não é a renda que não entra aqui, é o potencial de gerar o que gera. É a visão de aproveitar a força dessa jovem senhora e impor novas condições e novo pacto socioeconômico.
Parauapebas precisa se renovar.

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