EM BUSCA DO SONHO
Parauapebas é uma
cidade com quase trinta anos. O desafio de separar-se de Marabá, cidade mãe,
depois parir Canaã dos Carajás, o que Chico das Cortinas fez sem traumas, ajudando
o hoje prefeito Jeová e seu rebanho, parece que historicamente nos exauriu.
O antigo Cedere, hoje a cidade
com melhor perspectiva de crescimento ou inchaço, por conta dos royalties da
VALE via S11D. Vai depender de seu povo e de seus políticos. A fita atual é um
destino mais ingrato que o de Parauapebas. Definitivamente os bons não estão
por aqui. Marabá se consolidou como a joia do sul/sudeste e cresce firme.
Desde o início do ano
nossa comunidade aguarda acontecimentos que possam viabilizar a transformação
sonhada: crescimento estruturado. Enfrentamos há quatro anos o desafio da estagnação da nossa maior
fornecedora de recursos e não encontramos caminho. Nem estamos buscando
caminhos. Continuamos esperando pelos outros.
No vácuo de uma classe política
inexistente e de uma classe empresarial acéfala que não importa para questões
como honra, caráter, nome e acordo, ficamos à deriva e dependendo da boa
vontade do maior charlatão que elegemos nestes quase trinta anos, Valmir da
Integral.
Buscamos um antigo
prefeito, que governara por longos oito anos a cidade e o colocamos, com
aproximados quatro ou cinco mil votos de diferença e temos muita expectativa quanto ao seu
desempenho, porque mais do que nunca, esse é nosso momento de renovação e de
novos caminhos.
Não somos uma sociedade
madura, não temos trinta anos. Não demonstramos como lidar com o momento. A
formação da consciência social de que somos uma cidade ainda não vingou. Festejos,
discursos e só. A consciência do coletivo não se formou. Apenas as dos grupos
religiosos, dos repressores, dos aproveitadores, dos políticos e dos
agrupamentos social identificados. Não estamos
prontos.
Acredito ser esse o
desafio do passo adiante: não temos o líder. Pessoa ou grupo que tope arriscar
o quadrado seguro, que veja a cidade com o potencial que ela tem. Não é a renda
que não entra aqui, é o potencial de gerar o que gera. É a visão de aproveitar
a força dessa jovem senhora e impor novas condições e novo pacto socioeconômico.
Parauapebas precisa se
renovar.
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