Sobre as eleições de outubro
COMENTARIOS E PODER LOCAL
Vivenciamos
mais uma eleição municipal. Em 2016 vivenciamos uma mudança estrutural na
existência de Parauapebas: ficamos mais pobres, estamos muito mais apertados, o
desemprego é a tônica geral. Perplexos
descobrimos que somos crianças quando se fala em economia geral. Nunca
imaginávamos que o minério poderia nos pregar peças: a VALE reduziu sua
capacidade de pagamento, não criamos alternativas econômicas sustentáveis.
O
desemprego estrutural pegou a classe politica de cuecas. Não há propostas ou alternativas para encarar o
problema. Todos fazem vistas grossas e o problema só aumenta. Foi cortada a
saída da massa de desempregados que agora sonham com a casa própria financiada.
E
pela primeira vez é possível que a terceira via – representada por Marcelo
Catalão, do alto de seus mais de quarenta mil votos para deputado federal e em
segundo/terceiro lugar nas pesquisas consolidado como uma real alternativa aos
que não querem nem ouvir falar em Valmir da Integral, o vilão da vez,
irresponsável e caquético prefeito de Parauapebas.
Seria
a primeira vez na historia da cidade que o poder não se manteria, trocando de
mãos no ao final do primeiro mandato.
Seria
e será um feito espetacular.
Porque?
Ora, o primeiro colocado, com media de dez pontos de diferença é um ex-prefeito
que governou a cidade por longos oito anos. É inadmissível sua volta pelo
volume assombroso de problemas não resolvidos em oito anos. E pelos crimes de
corrupção e mal feito gerencial que até hoje a cidade amarga.
É
assim que entre dois desacertos a figura de Marcelo Catalão se projeta, nos
conceitos de sucesso gerencial – seus negócios pessoal e de família seguem de
vento a vapor, sua vida pessoal é discreta e tem no agronegócio seu principal
referencial, realizando há anos a única atividade não mineral da cidade – a
feita de agronegócios de Parauapebas!
Sua
família, pais, irmãos e parentes, pessoas discretas e amadas na cidade são seu
escudo e sua apresentação. Seu maior senão foi seu apoio e rápida passagem no
primeiro mandato do seu principal concorrente. Mas depois disso, apenas
negócios e alguns entreveros típicos de sua juventude, amadurecida na lide e no
apoio incondicional aos negócios da família.
A
juventude é sua principal aliada, encontrando nele uma referencia e possibilidade
de renovação e reconstrução de Parauapebas e garantia de seus direitos e
espaços.
Mas
sua campanha peca pelo aparente isolamento e estagnação. O que não é diferente
da campanha dos seus dois oponentes, fruto talvez do momento que vive a
sociedade brasileira, totalmente descrente de seus lideres políticos.
Assim
as expectativas em relação a outubro só aumentam. Aguardamos torcendo que a
inercia e o oba oba do garantido não atrapalhem as festividades dos três reais
competidores, assombrados pela persistência do quarto colocado – Chico das
Cortinas, cujo mandato expirou em 1996 e até hoje tem cerca de dez por cento de
preferencia do eleitorado que não o esquece.
Quem
viver verá...
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