OBITUARIO
Nosso
OBITUARIO é invertidamente escrito para os vivos. Sob a luz do momento e sob o
impacto de sua dor, voltamos os olhos ao motivo de tudo isto, de tanta perda: a
politica. A administração publica que ele tanto tentava esclarecer: “ tens agora
seu pedaço de terra. Que queria tanto ver dividida” in Morte e Vida Severina.
Mesmo motivo, mesma situação, mesma historia, apesar de outros motivos. Os
mortos-vivos que falamos atuam por ai, sejam políticos ou não, sejam apenas
pessoas enfezadas e com ódio. Sejam suas ações e cegueira, frente e ao lado do
governo de ar.
“e virá como guerra, a terceira mensagem
Na cabeça dos homens, aflição e coragem.
Afastados da terra, elas pensam na fera e
começam a devorar....”
Zé Ramalho in A Terceira Lâmina.
E assim vamos, de morte em morte
Aos
anjos cabem a vigília eterna. Aos verdadeiros homens, heróis do tempo cabem o
descanso eterno. Vai em paz Dr. Jakson. A saudade de suas ações e palavras que
sirvam de lição aos filhos, adolescentes e jovens que precisam se erguer por um
Brasil melhor e mais decente. Onde uma vida não possa valer mais do que uma
bala.
Os
zumbis
Qual
zumbis, tateiam o presente em busca do passado. Tal qual zumbis, travestidos em
vampiros, sugam as veias da cidade e de todos seus habitantes, homens, bichos,
mato. Tal qual assassinos, anseiam em matar o
amanha. Carcereiros de vinténs, também prisioneiros de sua ânsia, de sua
fome desmedida, se arriscam, deixam rastros, provas, se culpam. Tal qual
zangões, ao gozar perdem a cabeça, se algemam, mofam em presídios e veem seus
pares gozarem impunes o que roubaram em quadrilha. São bestas feras mortas,
resta a mim escrever seu obituário.
Quedo-me
a investigar como, tantas pessoas metidas a sábias, inteligentes e talentosas
podem errar tanto a ponto de levar seu chefe a prisão, ao isolamento e ao
atestado publico de sandice e incompetência. Imagino os que julgam a priori,
como a Ouvidoria por exemplo. Fechada em si mesmo, metida a ponto de acreditar
que as denuncias e pedidos que lhe chegavam teria solução simples, a ponto e
não ter estabelecido ruas internas à gestão, ficava sem respostas frente a
pressão popular. Suas ideias e atitudes jamais teriam acolhida numa equipe “de
fora”, cujo único objetivo era roubar, achincalhar, tirar do alheio,
progastinar, levar para casa. Na sua idiotice de achar que os outros jamais
tinham razão, entregará um setor sucateado, em dois anos não montado, perdido
nas entranhas de Carajás e arredores. Pobre ouvidoria de nada.
A
empáfia na Semob é titânica. Do alto dos seus excelentes desserviços prestados
a mineradora quando da aquisição dos terrenos marginais a estrada de ferro –
uma obra que apenas a megalomania da Vale acredita ou apenas em Parauapebas é
possível neste momento; nunca secretariou. Quando pode e quando não pode, se
juntou ao Marconi, ao Zé de Fátima, ao Vander e agora ao ex-secretário Wady Sobrinho,
para trocar figurinhas, ter o dito pelo não dito, prevaricar e gastar tempo.
Enrolar o perdido Valmir num visgo do acho, do grande, dos deixem que os outros
fazem. Sacripanta por excelência, este secretario prestou apenas a Progen, a
Vale, aos grandes empreiteiros que puderam fazer grandes jogos suicidas com
ele. Não trabalhou , enrolou, fez compras absurdas e ilegais, desprezou Parauapebas.
Com toda sorte de crimes, navega à corte, sem responsabilidades, presilhas aos apertos de entrega. Trabalha por si e para si,
foda-se Valmir. Mas são milhões desviados ou gastos de forma totalmente ilegal.
O LIXO e a USIMIG, a JM, a ConstruFox, a Progen, os caminhões da Sanepave. É,
vai precisar explicar muita coisa... tantas maluquices: o contrato de maquinas
de Hamilton Ribeiro, as maquinas da coleta de lixo e tudo que é porcaria de
corrupção e desmando. Muitas explicações.
A
turma apocalíptica do PSD. Que grande grupo de otários preguiçosos. Mesmo a ver que não tem cabeça, que seu
possível líder é apenas líder de si mesmo, se reúnem para reclamar, apagar incêndios,
filosofar. Perdidos na teia politica sem conhecê-la, ignorantes na questão do
ensino grego, estes membros do partido do prefeito mais parecem um grupo de curingas,
a fazer rir, a balançar a cabeça e pernas, num sim-sim urgente, estridente,
entre sorrisos. Se tivessem a fibra de homens, de pessoas honestas e a
construir, teriam se oposto ao pretenso chefes. Agora são um arremedo de sucia.
Para nada servem ao servir ao leviatã. Me digam agora, porque alguns deles não
reagem? As migalhas e promessas valem mais, muito mais que honra, caráter,
iniciativa, construção. Ficar próximos ao poder, mesmo sem seus benefícios
diretos é melhor que opor-se. Bando de covardes.
Vereadores
da base governista, canalhas. A homenagem é Ode aos Ratos (conforme camarapebas.blogspot.com),
bichos muito mais corajosos que todos estes ditos homens. Os ratos ao menos
enfrentam seu destino ao correr atrás da vida. Alguns destes, escondidos na
sombra de suas mulheres se locupletam, arrancam milhões em vendas escusas,
negociatas de arrepiar. Outros, ficam a espreita, ocupam espaços, recebem
propinas. Aguardam ordens em contas bancarias de laranjas ou carregam sacolas
nas madrugadas quentes. Sorriem, oram, batem palmas, louvam. Preferem estar
numa quadrilha que cumprir seu papel de legislador. Onde estamos?
Vander
Nepomuceno, egresso da sociedade dos malucos mortos, testes e blábláblá,
embrulhados numa sucessão de má fé e oportunismo. Cumpre seu papel de vilão, de
ordinário, de marchand do nada. Não tem
planos, metas, nada faz. Apenas pajeia Valmir da Integral, mesmo contra sua
vontade. Itabira espera seu regresso, agora mais rico, com mais recursos
tiradas na jovem e rica Parauapebas.
Consorciado com a banda podre desse desgoverno, flana num torpor do quase,
onírico, colorido. São tão sábios que enquadraram seu chefe em toda sorte de
falcatruas e crimes. E que profissionais
do nada, deixar Parauapebas nesta situação. As massas estão perplexas: não são doutores?
Mestres? Agora sabemos, pela postura arrogante, pela falta de tato que são
doutores do ar, na verdade nada sabem. Mas formaram uma quadrilha, justamente
porque sua sabedora é a prevaricação, o engodo e a falsa noticia.
Nossa,
que turma esta, egressos da maior mineradora do mundo! Talvez por isso, esteja
perdendo ano após ano valor de mercado. Nos últimos seis, foram cerca de 200
bilhões.
E
não nos surpreende mais, provas de sua insanidade: a – parceria com Valmir da
Integral para destruir Parauapebas, b – parceria para a duplicação da rodovia,
com maquinas e serviços de Hamilton Ribeiro, c – construção da linha férrea
dentro de Parauapebas, para escoar minério de Canaã. O movimento social não vai
deixar este trem passar, é perda de tempo e investimento. Nossa conversa com a
VALE, de agora em diante é:
LOC
– Licença Ambiental Coletiva.
Procuradoria,
Marconi, Kesia e outros arranjos jurídicos, incluindo ai a Controladoria. Podem
acreditar, falam em controlar o incontrolável,. Deste que sejam pequenos
valores. Os convênios miseráveis eles põem banca, investigam. Gostaria, que
tentassem controlar os pagamentos da JM, da FOCS, da HR. Malandros. Acredito que ao tentar
impor normas absurdas aos pequenos, que sempre recebem muito pouco e conseguem
multiplicar, estejam fingindo que são
administradores responsáveis. Duas malucas apenas, contando as penas do frango,
enquanto a carne é consumida. A convivência de procuradores com este ou aquele
juiz local é até legal mas conflita com suas funçõess. Mesmo Marconi, partner
de Mauro Santos e companhia, tem como
função apenas tirar daqui e levar pra lá. Vivemos um momento especial. Com
advogados dando plena blindagem ao crime. Isto não deveria existir. Este
descaso com a justiça, a lei e a ordem pode acabar mal. A justiça ainda não tem
como separar juízes pela grau de corrupção e nem todos procuradores fazem
acordos. Os homens não são iguais,
portanto não há uma única visão dentro de qualquer poder! Cuidado Valmir da
Integral, não acredite tão cegamente nestes que te prometeram blindagem total.
Demais
ratos, ratazanas, ratinhos proliferam nos corredores do Morro dos Ventos. Não
fizeram melhor, sabem apenas roer. E como roem.
Maquivalda
perdida na sua arrogância e ganancia não percebe o tamanho do estrago que sua
ânsia e pressa causaram na vida de Valmir da Integral. Comprar terrenos quando
a prefeitura já dispunha de tantos é um acinte e uma vergonha. Quantos
terrenos, quanta comissão e qual o tamanho das partes devolvidas? Onde e para
que tanto dinheiro, tantas terras e tanta pouca vergonha? Como podem se olhar,
ao verem os miseráveis que ocupam encostas, margens, serem beneficiados com tão
pouco, a ponto de promessas eleitoreiras como o tíquete construção ser
prometido sem possibilidade de entrega? E os ocupantes do linhão, porque não se
busca uma solução de fato? Maquivalda e sua troupe são culpados também, estão a
se beneficiar da inercia do Valmir. Precisamos buscar os recursos desviados
do Fundo Municipal da Habitação e de
todas as privatizações de terrenos ocorridos. haverá justiça. Jakson não partiu
em vão.
Meio
ambiente, não André Rosa, mas Zoênio. Eis um rato que rói e morde as
escondidas. É hilário pensar no seu consorcio com Leudicy, sua cara metade.
Ambos se locupletam nos escritórios e quartos da vida. São bandidos a solta.
Como perdemos tanto tempo aguardando soluções que nunca viriam, com tão pouca
qualidade nesta ingestão.
Passou
Dr. Romulo e ficou o rombo na Saúde. Hospitais em construção, Upas sem função,
medicamentos vencidos. Compras ilegais ou enormes repasses em compras
fantasmas. A população perdeu dois anos de possibilidades e ainda sem solução.
O novo secretario é fraco, não consegue
resolver e nem tem iniciativas básicas de gestão para encontrar uma solução
para o caos deixado para trás.
Precisamos cobrar do Dr. Romulo a devolução dos recursos perdidos, desviados ou
mal empregados. Precisamos que o MPE investigue, são centenas de denuncias
graves.
Poderia
eu desfiar todas as instancias desse
grupo, com toda sua soberba e “conhecimento”. Programas piratas em todas as
máquinas inclusive contabilidade, profissionais dedicados trabalhando em seus
próprios computadores, inexistência de repositório de projetos, falta de
planejamento, internet cara e absurda, ingerência, lentidão, lerdeza, ausência
de parâmetros, de medidas, de metas e entrega de serviços. Fica tudo ao acaso,
largado, inútil. Com um chefe que não sabe ou não quer decidir tudo fica como
antes, no quartel de Abranches...
Assim
temos, a cidade maior exportadora do Brasil (7,2 bilhões de dólares em minério
de ferro) em completo abandono e a beira da explosão. São tantos problemas
sociais, econômicos, habitacionais, de saúde, de gestão que perdemos a conta
das possiblidades de retrocesso. Já somos a 6ª cidade mais violenta do país.
Estamos sem rumo, nau sem norte e sem comandante. Para onde ira Parauapebas?
Impeachment
já!
O
impedimento e a cassação do mandato de Valmir da Integral é um importante
sinalizador das intenções da sociedade paraense e brasileira. Com toda a
lambança feita com recursos públicos e à vista de todos, manter este mandato
significa que não podemos esperar mais nada dos políticos locais. Que pode até
um ser pecaminoso como Darci pensar em voltar a nos governar. Que qualquer um
pode ser prefeito de Parauapebas, que pode fazer o que quiser que estará
blindado contra a lei e a ordem. Assim não teremos esperança quanto ao nosso
destino.
O
trabalho do Conselho Municipal de Saúde, à frente D. Leonice e Dr. Marden
jamais serão perdidos. A corajosa posição do
G5, vencendo mentiras, criticas e polpudas propostas para se calarem
jamais poderão serem esquecidas. E o
pior de tudo – a perda prematura do Dr. Jakson, jamais poderão ser corrompidas
com a presença de quem, perpetrou o mal
maior – a morte. Todos estes atores, incluindo ai o povo insatisfeito, as
lideranças comunitárias engajadas, a sociedade devem se levantar com a bandeira
do impeachment de Valmir da Integral. Não merece, não sabe cumprir a lei ou
acordos, avilta o cargo de prefeito de Parauapebas.
Na
esperança de resgatar nossa historia, marchamos contra o destino opressor e
duvidoso. Os vereadores neutros ou apoiadores, virão a marcha da renovação
avançar e transformar tudo. Viva Parauapebas!
Nossa
homenagem final ao Dr. Jakson:
Lamentamos
profundamente a partida prematura e violenta do Dr. Jakson, nossa liderança
local, sua cidade, onde construiu seus sonhos e se posicionou contra a
truculência e a perfídia. Lamentamos profundamente o terror implantado e em
frutificação. Silenciar quem pede esclarecimentos, exercendo uma tremenda
exposição de seu poder, é algo impensável. Atiramos para matar, as partes do
corpo destruído enviam também uma mensagem para os sobreviventes. Matar o Dr.
Jakson de forma que soubéssemos o tamanho do poder exercido é de uma crueldade
e de uma liberdade de ação típicas do
estado de guerra suja. Não temos armas, não temos como confrontar um poder tão
grande. Desunidos não, mas é insistente a imagem do Dr. Jakson lá imóvel, a
sangrar, o rosto de sua amada esposa, de seus filhos, alguns ainda sem
compreender direito o motivo da partida precoce e definitiva de um filho da
terra e de um prisioneiro de historia presente. Aqueles que o mataram que
reflitam se vale a pena, se o premio
vale a luta. Mas sei que não podem refletir, o ódio ou o poder
excessivos não permitem.
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