14 maio, 2016

O que a PF tanto investiga na prefeitura de Parauapebas?



Variações sobre um mesmo tema: o silencio dos ditos bons...

Novamente Martin Luther King, novamente a vergonha de citar um avatar: o que me preocupa é o silencio dos bons.







Como se fosse possível investigar concorrências públicas em terra de corruptos capacitados, unidos em silêncios golpistas de dinheiro publico, de ninguém. De uma mesma força policial e judiciaria que finge não ver os preços das 260 obras alardeados pelo falsário Valmir e seu bando, ostensivamente instalados na capital do minério de ferro.

... e se o silencio é acordo tácito, se ninguém tem o que falar ou questionar sobre as batidas policiais, a busca e apreensão de documentos públicos, a prisão de secretários e chefes, a busca policial na residência do Prefeito, a prisão de vereadores ligados ao prefeito, as recorrentes buscas de documentos patrocinadas pela POLICIA FEDERAL, GAECO, DENASUS, MPE na sede da prefeitura de Parauapebas, se ninguém pergunta o que esta acontecendo, o prefeito  e seus funcionários estariam dando motivo?...

Não podemos perdoar é o silencio covarde dos políticos – todos e da sociedade, é uma concordância com as ações do prefeito. Todos se tornam suspeitos ou criminosos, não há esperança para Parauapebas. É muito grave, é terrível. Mas é o que estamos vendo e vivendo, ninguém quer saber. O silencio é semelhante ao das máfias mundo afora, igual. É ser Temer demais, suspeitosamente temer.

Parauapebas e seus políticos não mudam. Transformam-se para não correrem o risco de mudanças. Desafiam a logica do progresso para ficarem prisioneiros do mesmo. O inchaço da cidade não incomodou ninguém, agora temos milhares de pessoas presas a seus terrenos e casas a espera do milagre. Como os milhares de desempregados não teem a quem recorrer.

Digo sempre, não há oposição, não há políticos e nem sociedade civil organizados. Somos assim como um bando de zumbis, de deserdados apavorados e ávidos por uma “oportunidade”, de preferencia malandramente colocada. Muitos dos que falam de Valmir da Integral são iguais ou mais corruptos do que ele. Há vereadores, especialmente os hoje silenciosos Massud, Pavão, Bruno e Joelma que apavoram sua base e a cidade com a repentina mudança de lado ou o silencio do apoio a outros candidatos...

E os empresários, os outros partidos, as tais lideranças, o outro poder, os fazendeiros, os ditos candidatos de oposição, cadê eles, onde estão todos eles? Sejam juízes, OAB, Partidos, ACIP, CDL, Sindicatos...

Quando o discurso e a ação é a moralidade, é administração transparente, é o trato com a coisa pública, com dinheiro dos outros ou das “massas”, todos nós os marrons, porque estranhamente todos se calam, concordando tacitamente com Valmir da Integral , o hoje poderoso Valmir da Integral que silenciou o judiciário inteiro do estado do Pará, colocando-o a seu serviço, que coibiu e travou varias operações do outrora  temido  GAECO, da outrora poderosa POLICIA FEDERAL, e de quase a totalidade dos órgãos fiscalizadores da administração pública tanto federais quanto estadual. Cadê todos?

O impressionante silencio dos ‘bons’, frente a mais um prosaico passeio da Policia Federal de Marabá em busca de documentos da atual OPERAÇÃO CONCORRENCIA LIMPA, dá o que pensar e questionar. Não há concorrência limpa na região, aqui em Parauapebas há muito as  coisas acontecem como os grupos de poder se revessam. Não há transparência e muito nos incomodou o MPE aceitar convite do governo para monitorar concorrências. É muito pouco. 

Porque ninguém, mas ninguém mesmo, nenhum dos candidatos a prefeito convocou a imprensa, questionou nas redes sociais que mais uma vez a atual gestão foi motivadora de uma BATIDA POLICIAL, FEDERAL?

Este silêncio é uma concordância tácita com Valmir ou uma esperança tácita de mais na frente fechar com Valmir sobre o futuro de Parauapebas? Porque a oposição e os postulantes ao Morro dos Ventos silenciam frente aos desmandos e a possibilidade de repressão a Valmir da Integral?

Porque ninguém esta questionando estas intervenções policiais que ocorrem pela primeira vez numa gestão em Parauapebas, tendo os prefeitos Bel Mesquita e Darci Lermen feito suas lambanças que fizeram e omissões? Seria este governo o mais afoito e mais desafiador quanto ao respeito as leis e aos limites da administração pública?
Nunca e jamais fomos saqueados com a desfaçatez, determinação e exposição que este grupo teve ou tem. Nunca quem fez errado deixou tantos rastros. E não fizeram questão de esconder ou escamotear.

Medrado falou: esta investigação de perdas de recursos públicos não pode ser mantida sob segredo de justiça ou feito qualquer acordo que permita uma quadrilha manter o poder até determinado tempo.





07 maio, 2016

Terceira via real



Sobre as eleições de outubro
COMENTARIOS E PODER LOCAL




 




Vivenciamos mais uma eleição municipal. Em 2016 vivenciamos uma mudança estrutural na existência de Parauapebas: ficamos mais pobres, estamos muito mais apertados, o desemprego é a tônica geral.   Perplexos descobrimos que somos crianças quando se fala em economia geral. Nunca imaginávamos que o minério poderia nos pregar peças: a VALE reduziu sua capacidade de pagamento, não criamos alternativas econômicas sustentáveis.

O desemprego estrutural pegou a classe politica de cuecas. Não  há propostas ou alternativas para encarar o problema. Todos fazem vistas grossas e o problema só aumenta. Foi cortada a saída da massa de desempregados que agora sonham com a casa própria financiada.

E pela primeira vez é possível que a terceira via – representada por Marcelo Catalão, do alto de seus mais de quarenta mil votos para deputado federal e em segundo/terceiro lugar nas pesquisas consolidado como uma real alternativa aos que não querem nem ouvir falar em Valmir da Integral, o vilão da vez, irresponsável e caquético prefeito de Parauapebas.

Seria a primeira vez na historia da cidade que o poder não se manteria, trocando de mãos no ao final do primeiro mandato.

Seria e será um feito espetacular.

Porque? Ora, o primeiro colocado, com media de dez pontos de diferença é um ex-prefeito que governou a cidade por longos oito anos. É inadmissível sua volta pelo volume assombroso de problemas não resolvidos em oito anos. E pelos crimes de corrupção e mal feito gerencial que até hoje a cidade amarga.

É assim que entre dois desacertos a figura de Marcelo Catalão se projeta, nos conceitos de sucesso gerencial – seus negócios pessoal e de família seguem de vento a vapor, sua vida pessoal é discreta e tem no agronegócio seu principal referencial, realizando há anos a única atividade não mineral da cidade – a feita de agronegócios de Parauapebas!
Sua família, pais, irmãos e parentes, pessoas discretas e amadas na cidade são seu escudo e sua apresentação. Seu maior senão foi seu apoio e rápida passagem no primeiro mandato do seu principal concorrente. Mas depois disso, apenas negócios e alguns entreveros típicos de sua juventude, amadurecida na lide e no apoio incondicional aos negócios da família.

A juventude é sua principal aliada, encontrando nele uma referencia e possibilidade de renovação e reconstrução de Parauapebas e garantia de seus direitos e espaços.
Mas sua campanha peca pelo aparente isolamento e estagnação. O que não é diferente da campanha dos seus dois oponentes, fruto talvez do momento que vive a sociedade brasileira, totalmente descrente de seus lideres políticos.

Assim as expectativas em relação a outubro só aumentam. Aguardamos torcendo que a inercia e o oba oba do garantido não atrapalhem as festividades dos três reais competidores, assombrados pela persistência do quarto colocado – Chico das Cortinas, cujo mandato expirou em 1996 e até hoje tem cerca de dez por cento de preferencia do eleitorado que não o esquece.
Quem viver verá...