PESSOAS MARAVILHOSAS FAZEM COISAS
MARAVILHOSAS
INSTITUTO DO REGGAE
Pessoas
incríveis e conscientes, guerreiras do cotidiano estão se reunindo há anos para
fazer caridade, dar assistência ao menos favorecidos e ouvir reggae. Pessoas
comuns e geniais, como Neto, sua esposa e as amigas, com Antonio e sua filha,
com todas com uma história a ser ouvida e um exemplo de resistência.
O
INSTITUTO DO REGGAE é uma dessas coisas que fazem parte da força da natureza,
um dia nasce e pronto. A ideia do nome foi instantânea, captou o momento de
todos ali, frente a real possibilidade da legalização e da busca por verbas,
representação e crescimento profissional. Um grupo de amigos que fazem coisas
juntos há anos, não começou ontem ou semana passada, estão juntos há anos
fazendo as mesmas coisas em conjunto.
A
adesão da classe política foi imediata. Reuniões com pessoas que realmente
podem impulsionar o projeto foram feitas e estão na linha de intenção do grupo:
-
VALE, a mineradora que tanto faz por Parauapebas, as outras empresas que tiram
dessa terra tanta riqueza e deixa tão pouco. Vamos atrás de todas, a cidade precisa.
Quando
falamos da pobreza e da falta de assistência todos tem algo a dizer: nas últimas
chuvas foram socorristas como todo o movimento social de Parauapebas. As
entidades oficiais de ajuda tentaram, não tiveram “tempo” ou interesse e uma
cidade em retirada sofreu com as aguas e a invasão dos rios.
Ao
falar da injustiça social, da violência contra negros e contra a mulher, bate
como uma caixa de ressonância, sendo a maioria do grupo de pessoas que estariam
nas estatísticas se não tivessem a iniciativa de luta.
O
líder do grupo Antonio Toca perdeu seu filho de vinte e dois anos para a
violência local: - "Paulo, é de partir o coração ver as fotos do meu filho no
chão baleado e morto e saber que seus assassinos estão soltos e nada aconteceu
até agora", diz um negro que para mim é como um filho, um irmão querido.
Essa violência encarniçada que prendeu Lula é
a mesma que enfrentamos no dia a dia e que, ao nascermos negros numa terra
estranha como o Brasil, é nosso risco cotidiano.
Entendo
o movimento social como uma saída consistente para a questão dos direitos civis
no Brasil, uma terra cuja maioria é negra e que insiste em ocultar esse fato. A
Casa Grande que mantem Lula preso, ainda quer manter a todo e qualquer custo a Senzala operante.
Mas
a felicidade de reunir com pessoas incríveis e maravilhosas compensa tudo.
Queremos um DIA DA CONSCIENCIA NEGRA, UM DIA DAS MULHERES, realmente com negros
e mulheres lutando por sua realização com debates e enfrentamentos, justamente com essa sociedade que a oprime, que
tenta desmerecer os verdadeiros financiadores dessa pátria desalmada.
INSTITUTO
DO REGGAE, pela coragem contra os preconceitos e as violências, pela coragem
contra a acomodação, sejam bem vindos!
Obs: ainda não vimos uma pauta sobre a violência
policial contra negros. Ainda não vimos nenhum candidato não branco. Não
esquecer que o FUNDO PARTIDARIO é recurso resultante do nosso trabalho e suor.