03 setembro, 2018

Boas vindas ao Instituto do Reggae


PESSOAS MARAVILHOSAS FAZEM COISAS MARAVILHOSAS

INSTITUTO DO REGGAE









 Pessoas incríveis e conscientes, guerreiras do cotidiano estão se reunindo há anos para fazer caridade, dar assistência ao menos favorecidos e ouvir reggae. Pessoas comuns e geniais, como Neto, sua esposa e as amigas, com Antonio e sua filha, com todas com uma história a ser ouvida e um exemplo de resistência.


O INSTITUTO DO REGGAE é uma dessas coisas que fazem parte da força da natureza, um dia nasce e pronto. A ideia do nome foi instantânea, captou o momento de todos ali, frente a real possibilidade da legalização e da busca por verbas, representação e crescimento profissional. Um grupo de amigos que fazem coisas juntos há anos, não começou ontem ou semana passada, estão juntos há anos fazendo as mesmas coisas em conjunto.

A adesão da classe política foi imediata. Reuniões com pessoas que realmente podem impulsionar o projeto foram feitas e estão na linha de intenção do grupo:

- VALE, a mineradora que tanto faz por Parauapebas, as outras empresas que tiram dessa terra tanta riqueza e deixa tão pouco. Vamos atrás de todas,  a cidade precisa.


Quando falamos da pobreza e da falta de assistência todos tem algo a dizer: nas últimas chuvas foram socorristas como todo o movimento social de Parauapebas. As entidades oficiais de ajuda tentaram, não tiveram “tempo” ou interesse e uma cidade em retirada sofreu com as aguas e a invasão dos rios.

Ao falar da injustiça social, da violência contra negros e contra a mulher, bate como uma caixa de ressonância, sendo a maioria do grupo de pessoas que estariam nas estatísticas se não tivessem a iniciativa de luta.

O líder do grupo Antonio Toca perdeu seu filho de vinte e dois anos para a violência local: - "Paulo, é de partir o coração ver as fotos do meu filho no chão baleado e morto e saber que seus assassinos estão soltos e nada aconteceu até agora", diz um negro que para mim é como um filho, um irmão querido.  
Essa violência encarniçada que prendeu Lula é a mesma que enfrentamos no dia a dia e que, ao nascermos negros numa terra estranha como o Brasil, é nosso risco cotidiano.

Entendo o movimento social como uma saída consistente para a questão dos direitos civis no Brasil, uma terra cuja maioria é negra e que insiste em ocultar esse fato. A Casa Grande que mantem Lula preso, ainda quer manter a todo e qualquer custo a Senzala operante.

Mas a felicidade de reunir com pessoas incríveis e maravilhosas compensa tudo. Queremos um DIA DA CONSCIENCIA NEGRA, UM DIA DAS MULHERES, realmente com negros e mulheres lutando por sua realização com debates e enfrentamentos,  justamente com essa sociedade que a oprime, que tenta desmerecer os verdadeiros financiadores dessa pátria desalmada.

INSTITUTO DO REGGAE, pela coragem contra os preconceitos e as violências, pela coragem contra a acomodação, sejam bem vindos!



Obs:  ainda não vimos uma pauta sobre a violência policial contra negros. Ainda não vimos nenhum candidato não branco. Não esquecer que o FUNDO PARTIDARIO é recurso resultante do nosso trabalho e suor.

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