06 abril, 2017

Estamos vivos, respiração normalizando...



UMA CIDADE A PROCURA DO SEU CAMINHO












Estou definitivamente encantado com este puta trabalho: DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO E AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE PARAUAPEBAS (PA), realizado pelo governo Darci ainda em 2012. São passados cinco anos mas a metodologia, a abordagem e a disposição dos autores num mergulho de alto nível sobre a realidade local surpreende justamente porque em 2016 estivemos numa reunião no CDL com outros consultores e concordamos que precisávamos de dados locais, dados gerais não retratam a trajetória dinâmica (retratava) de Parauapebas. Nestes estudo dados amadurecidos servem de base para mergulho numa realidade de planejamento e visão de médio e longo prazos e fornecem elementos definitivos para a compreensão sociocultural e psicossocial da cidade. Precisamos trabalhar mais se quisermos uma nova realidade. Percebi ali o porquê de não termos liderança ou lideranças que nos guie e porque Paragominas vira uma referência num papel que naturalmente seria nosso: os grupelhos local, as relações pessoais restritas e punitivas, a falta de visão e de compreensão da própria realidade que se abateu sobre nós desde 2013 e piorou nos últimos anos sob a total ilegalidade de Valmir. Ou porque o elegemos e suportamos tanto. E o pior, porque é tão difícil sair dos quadrados protetores. Mas é um alento, há pensamento.


Atenção, o que se segue não é de minha autoria. São partes finais do estudo citado e para o qual disponibilizarei o link no final da postagem. É justamente o que estamos tentando fazer agora, implementar essa visão de transformação possível em Parauapebas e queremos ser ouvidos. Entendemos que o ecossistema Parauapebas Compra Aqui e Parauapebas Contrata Aqui sejam demarcadores.


“...A CAE aparece como o mais forte eixo necessário ao Desenvolvimento Local, porém seu vigor é momentâneo e requer o máximo de oportunismo social, institucional e territorial. A perda do limite temporal colocado pode comprometer em definitivo qualquer projeto de Desenvolvimento. Vale observar quanto aos indicadores de Parauapebas referente a esse eixo que todos são bastante favoráveis, porém são fotografias de um momento muito favorável para a economia extrativista mineral que, como já analisado apresenta limites cíclicos. O grau de oportunismo necessário ao aproveitamento desta “janela de desenvolvimento” deve estimular os principais agentes à tomada de quatro ações imediatas: a) o estabelecimento do “Fórum Local de Desenvolvimento”; b) políticas de incentivos para setores industriais direcionados; c) a Agência de Desenvolvimento e Emprego; d) política de estímulo à polarização comercial e de serviços.   ii) A CAT, o eixo de articulação territorial manifesta o poder que determinada localidade dispõe de servir como ponto de alavancagem para toda a região do seu entorno, fator importante é que não há como pensar a sustentabilidade do crescimento econômico e a expansão de novas bases produtivas se não for a partir da interação territorial ampla. Assim, Parauapebas pode ser o centro de comercialização e processamento industrial para diversos municípios agroprodutores, aproveitando a maior disponibilidade de terras e de usos agrícolas e pecuários dos municípios vizinhos, integrado ao seu maior mercado e polarização econômica; os indicadores gravitacionais apontam que entre todos os municípios mineradores, Parauapebas é o que isoladamente exerce maior influência considerando os dois principais índices de gravitação.   iii) A capacidade de articulação social converge importantes elementos da cultura e da vida social local, a educação por si só não é fator que altere o padrão de desenvolvimento, somente sendo um dos componentes que possibilita o salto de qualidade que se quer. Parauapebas demonstra expressiva evolução nesse eixo, porém a contínua melhora desses indicadores deve ser reforçada pela construção de uma cultura local de desenvolvimento, sendo que o planejamento de um cronograma de atividades a serem debatidas com a sociedade nas diversas instâncias organizacionais, de movimentos sociais e institucionais compreende tarefa necessária.   iv) Por último, a capacidade de articulação institucional, constituindo variado conjunto de instituições que devem ser articuladas para funcionar enquanto uma rede pelo e para o desenvolvimento local, tendo diversos nós não somente vinculados ao poder público, mas, e principalmente, organizações da sociedade civil, desde as formas empresariais e de organização de produtores, até as instituições vinculadas a ciência e tecnologia. A presença de atores de grande peso institucional como Companhia Vale e a Prefeitura de Parauapebas tem que interagir com atores menores, o que somente se fará possível mediante o estabelecimento de fóruns de convergência, buscando pontos em comum e atuando com vistas ao futuro...”