27 novembro, 2016

advogados sob condenação



NOVAMENTE ADVOGADOS NA LINHA DE TIRO
 


              
 Demorei para publicar, escrevi há vários dias. Mas ameaças são ameaças e estão sempre postas.  O Pará  e o Brasil não tem capacidade de defender ninguém, nem o pobre anônimo nem o Dr. Esclarecido. Então, posta a ameaça, é praticamente cada um por si e Deus por todos. Mais uma razão para sempre estarmos falando nela. Pergunto sempre, onde está o Dr. Jakson, amigo, pai, filho, marido e irmão? Quem o matou?


Hesitei quando parabenizava um jovem advogado, a lembrar do quão perigosa é sua profissão exercida aqui no sul do Pará. Virei a página e lá estava, o cordato Deivid Benasor, na linha do tiro. Um vídeo de excessos de uma inútil e desnecessária polícia militar agredindo, fazendo uma guerra violenta e covarde contra uma população que a sustenta e sustenta toda uma classe de vagabundos chamados de políticos e que dá as ordens para perpetuar a humilhação, a separação e o encaminhar para a inevitável guerra civil.
Perdemos Jackson há poucos anos, de forma bárbara e encomendada, agora o seu sucessor sob fuzis?  E quantos outros advogados morreram nesses anos e quantos sofreram ameaças e mais ameaças?
E os líderes rurais, os sindicalistas, e centenas de milhares de jovens negros encarcerados ou mortos no melhor de sua capacidade reprodutiva – mortos por seres negros numa terra de negros que querem extirpar negros ou encarcera-los?
Tudo sob a tutela do Estado que insiste em manter uma força policial letal, despreparada e armada numa luta insana de Estado contra população que o mundo não entende porque. 
Essa força de guerra está nervosa, não cumpre protocolos e está exercitando uma revolta contra os fracos e oprimidos, testado o efeito da impunidade, voltando-se agora contra a classe média organizada e progressiva.
Ora, espancar um negro pobre é diferente de bater num branco rico ou numa categoria organizada como os advogados.
As ameaças a Deivid é uma afronta a toda a sociedade, a todos nós. Precisamos enfrentar, não queremos mais mortes nem agressões ou assassinatos. Queremos o fim da polícia militar. Queremos uma nova organização policial e investigativa que realmente detenha os criminosos e nos de um pouco mais de segurança. Abaixo a violência consentida e permitida pelo Estado, pelo qual pagamos fortunas em suor e sangue na forma de impostos que se voltam contra nós na saúde, educação, segurança e tantas faltas desse querido país.

13 novembro, 2016

A era das cidades líquidas



CICLO FECHADO





















SISTEMATIZAMOS neste ano uma campanha para vereador e prefeito em muito diferente das campanhas anteriores. Os grupos antagônicos ao PT fizeram novas leis e atacaram duramente o partido, visando reduzir sua influência política. E conseguiram. Agora, com a direita se encastelando em postos chaves nacionalmente, a começar pelas cidades, vemos esse retrocesso atingir a estabilidade econômica do interior.

Os desacertos e acertos de todos os grupos levaram a um resultado que a mágica da estatística definiu há três anos, a reeleição do Darci.

E que vencedor, derrotou a poderosa máquina e derrotou os poderosos fazendeiros. Nessa nova situação o novo prefeito é quem está na berlinda. Vencedor por margem estreita de votos, agora precisa acertar desde o começo para ter a segurança de ajudar efetivamente nas eleições legislativas de 2018.

 O que tirar de uma cidade que agoniza e que não encontra saídas para sua tremenda crise moral, econômica e social? As ruas e avenidas vazias, suas lojas e armazéns pelados nada dizem?

Por enquanto só os templos ainda cheios de pessoas esperançosas. Como faremos quando soubermos em definitivo que não há saída honrosa e que todos teremos que partir?

Ficar não estamos, apenas esperando desfechos não autorizados por nós mesmos. Afinal somos todos chegantes.

Não vencemos essas eleições. Ninguém venceu, apenas adiamos para mais um dia, mais uma estação.

Um ciclo se fechou e continuamos agonizado.

Teríamos forças como sociedade e como pioneiros para reconstruir Parauapebas? Mesmo com o vigor de Canaã e da ressurgida Marabá no encalço será que teremos forças?