23 outubro, 2014

DESGOVERNO NUMA CIDADE SITIADA

Lembram-se desse texto?

Hoje faz um ano e poucos meses em que publiquei o texto MOMENTO REESTRUTURANTE, onde estudamos o fim daquela Parauapebas que conhecíamos. Vaticinei também apoiado pela analise estatística que nesta altura (set 2014) a cidade estaria amargando o começo dos atrasos de pagamento da prefeitura, ameaçando até a folha de pagamento. Analisamos a queda substancial da receita e demonstramos  que estávamos num voo rasante em direção ao  solo. Ninguém leu, ninguém escutou. Agora amargamos o corte de 30% no custeio da prefeitura, trazendo ainda mais recessão a nossa cidade. Ainda pior, sem produção local, sem reservas financeiras, amargando o impagável endividamento da população que adquiriu terrenos da Buriti.
O orçamento 2014 feito nas coxas por uma equipe empenhada em conversar e roubar, usando devidamente  a carta branca entregue pelo chefe do executivo, não ajudou em nada, apenas realçando o que vimos assistindo nestes quase dois anos de governo na sua paralisia apocalíptica.
Não há planejamento, não há LO, não há compromisso. Parece que há sabotagem por dentro da máquina, tal é a incompetência, o despreparo, a ignorância e a incapacidade gerencial dessa troupe metida, enganadora e fake.

Como Valmir da Integral, aos 68 anos, com uma historia de vida maravilhosa, de luta e resistência pode ter se entregado assim a esta troupe canalha? Como pode ele não perceber que seus lacaios principais são seus maiores inimigos, ao flertarem assim com os dois lados, câmara dos vereadores e ele próprio? Como não  perceber que seu staff jurídico faz um voo cego e de costas, levando-o inexoravelmente a perda de moral, de capital politico, de recursos juntados a vida inteira e que pertencem também a seus filhos? E como seus filhos não percebem que sua presença expõe ainda mais seu velho e perdido pai, aumentando a pressão sobre sua capacidade e sanidade, sobre seu real poder de resolver de vez este imenso e desnecessário problema que se tornou sua gestão frente a prefeitura de Parauapebas?

Enfim, como podem e quem são  estes amigos que estão ali, marcando cerrado, levando-o a erros e mais erros, afundando sua moral e seu discernimento num mar de vantagens pessoais, de exercício de poder pelo poder e de se locupletarem como heróis ou vilões de uma gestão fadada ao fracasso, a perda de liberdade e toda sorte de gozações, comentários e ódios, destilados por uma sociedade que, mesmo corrupta e vesga, consegue ver claramente que esta tudo errado, que o caminho que buscamos para Parauapebas jamais seria este.
Este caminho de intervenção de Policia Federal, investidas do governador do estado, contemplado na sua campanha de reeleição com quase 3,5 milhões, conluio com tribunal de contas, com procuradoria local, com vereadores que desde sempre foram corruptos, pensaram esta cidade apenas para si?
Não sei qual o  pior. Se Valmir da Integral ou seus amigos diletos.


Gosto de visualizar o falastrão do Wander Nepomuceno. Incompetente na sua essência, perdido qual cego em tiroteio,  responsável pelo  malfadado  orçamento 2014, entregue na ultima hora, eivado de erros e falhas, votado em ultima instancia, no apagar da legalidade, patrocinada esta ação pelo tão ou mais incompetente Vanterlor, ousadamente interlocutor da Câmara dos Vereadores e do Gabinete, num arranjo apenas possível aceito por um executivo ignorante, desconhecedor das tramas da politica, emérito enganador de si mesmo. É Cruel.
Este Wander, egresso dos piores quadros da VALE,  insistente no seu papel de papagaio alienígena, firme no seu papel agora decorativo, não consegue ver suas teses complexas contempladas por uma decisão executiva, a decorar, a enrolar, a ganhar mais um tempinho por aqui, não percebe que poderia sim, se fosse sábio, ajudar a alterar os destinos de Valmir. Fracassa novamente, como fracassou na VALE.
Queiroga, talvez o pior nome desse governo. A frente da poderosa secretaria de Obras não consegue nem licitar de acordo com a lei. Ou praticar seus crimes isentando o prefeito. Arrogante, incapaz gerencialmente, com um histórico vergonhoso em sua carreira na VALE, assiste a bancarrota de uma gestão montada sob encomenda para seus atos questionáveis. As negociações com Hamilton Ribeiro. A inexigibilidade do contrato de asfalto. Asfalto! Pasmem com a JM, contratada sem o devido processo licitatório. A ausência total de gerenciamento da obra da PA,  a contratação fraudulenta e totalmente desnecessária da Progen  para fiscalização e gerenciamento de projetos – enquanto a ação deveria ser justamente o contrario, com excelentes quadros internos, criar o repositórios de projetos e gerenciamento com seu próprio pessoal, visando a perenidade da coisa publica.
A questão do lixo e o acordo que entregou o milionário contrato para a Usimig precisa ser investigado e os culpados punidos. Valmir não errou sozinho, ao tirar a Clean e entregar de bandeja 13 milhões a uma empresa incapaz,  inexperiente e sem equipamentos. O lixo hospitalar é questão que esta gestão deveria se preocupar. Trata-se de crime hediondo o que esta acontecendo com o lixo de Parauapebas, a vista de todos os 200 mil cidadãos habitantes. É um crime que não pode ficar impune, estes meliantes precisam se preocupar.

Maquivalda e seu marido vereador. As insanidades das ações dessa pessoa legitimam o errado, o imediato, o curto prazo. Construir moradias para sem teto,  agora sem trabalho  e sem cuidados e direitos básico, meramente em primeiro na aquisição de tantos terrenos desvendam as razões de tamanho enriquecimento.  São atitudes permitidas pelo gabinete, entrando num problema que  não lhe pertence, atribuindo poder a uma grupo que sempre possuiu seus próprios interesses.



Dr. Rômulo, o mais execrável componente neste governo incompetente. Autoritário, ignorante com a coisa publica, mau caráter, promoveu uma caça as bruxas demitindo quem lhe fez frente, caçando os mais capacitados, perseguindo tenazmente  o Conselho Municipal de Saúde, complicou de vez a vida de Valmir da Integral. A frente de um órgão com enorme orçamento, simplesmente fez o que pode para roubar, tornar mais caro, dificultar , fazer as piores compras, não partilhar e complicar o simples. Suas tramoias e engodos deixaram Valmir da Integral em apuros, se não consorciado com tantas falhas e tantos erros que cristalizam suspeições frente ao absurdo do feito, do mal feito em definitivo. Deveria ter pedido para sair há muito tempo, sua permanência lança duvidas sobre a capacidade de discernimento de ambos – culpados, Valmir da Integral e Romulo, o sábio.


O onipresente e onipotente Marconi finalmente cedeu lugar à competência. Kesia promete, espero que cumpra seu dever de orientar, apenas orientar o tresloucado prefeito. Estes dois anos de travamento operacional deve-se a gestão quase divina da Procuradoria, um simples órgão  que nem normativo é. A ignorância de Valmir, permitiu um crescimento assustador desse setor,  súbito com capacidade ilimitada de resolver problemas e ajeitar falcatruas. Deu no que deu, toda sorte de malabarismos, ajeitamentos e exposição moral e técnica de profissionais, alguns que perderam este viés – profissionalismo. Se meteram em toda sorte de ajeitamentos. Uma boa troca, apesar da erva daninha continuar vicejando noutros ambientes. O problema é que, se pior para eles, pior ainda para todos nós, cidadãos de Parauapebas. Precisa melhorar.
Na educação, capitaneada pelo vereador Major e pela Juliana, segue os vícios deixados pela primeira gestão, do PSBD. Esta secretaria tem uma historia de classe, com um passado e uma família exemplar. Uma pena que cortou a aplicação do remédio contra corrupção ao recontratar os golpistas, ao permitir que uma quadrilha trabalhe sob suas barbas, ao evitar o estabelecimento de sindicância para apurar os golpes perpetrados pela gestão anterior. Peça mais, acredito eu, por omissão e silencio, do que por participar sequer da partilha do botim. É uma secretaria imensa, com recursos federais. 
Ela deve ficar de olho no que acontece ali. É desta secretaria a primeira ação da Policia Federal contra uma gestão em quase 30 anos de Parauapebas. Nem Bel ou Darci passaram por este vexame.
Na inútil secretaria de ação social temos a lady Leudicy, no papel de golpista do ano. Num único dia tivemos acesso a varias denuncias de corrupção. Foi pega com a mão na massa, alugando sua casa a própria secretaria. A justiça agiu rápido e bloqueou os pagamentos. É um ninho de perdição, mais uma profissional perdida numa politica e numa politicagem suja e inútil. Neste governo, como em todos os governos anteriores que esta cidade já teve, nunca vimos ação típica desta secretaria. Não dá votos, não elege. Talvez seja esta a razão deste setor: manipular. Os cidadãos eleitores e seus recursos.

É praticamente inesgotável a quantidade de atores e seus papeis nesta cena atual de gestão. Ou nesta encenação perverso e pervertido de governo e gestão. Nunca se viu antes nesta urbe, tanta pantomina, tanto descalabro num arranjo perverso com executivo, legislativo, órgãos reguladores e  justiça estadual. Tantos atores num  mesmo set, numa cena conturbada, mal iluminada, sem cenário, sem enredo, sem plano de cena ou visão. Um espetáculo teatróide, desprezível, maligno, irresponsável. Não sabemos se Valmir da Integral é diretor, ator, produtor ou financista. Sabemos apenas que ele assina e que seu nome e suas ações passarão à história. Não como herói redentor. Talvez como trapalhão, como bobo da corte. Lamentável ver um amigo nesta situação. Lamentável ver seus novos amigos o tratar assim, sem saber sua história e suas lutas, vitorias e derrotas. Mas afinal é escolha e escolha é um caminho sem volta.
Poderia citar dezenas de cenas, a sua maioria ruim, com péssimos atores. Casos como da Cultura,  ASCOM, DAM, SEFAZ e tantos outros cenários é relato apenas para entristecer, enlouquecedor quem percebe as oportunidades desperdiçadas. A cidade ficará a espera, ficou estes anos todos, vai esperar mais.
Os vereadores, exceto os rebeldes e seus novos adeptos, acordaram. A Câmara esta deixando de ser aquela velha e carcomida repositória de vontades: de governar, de abocanhar verbas nas secretarias, de empregar seus protegidos, de derrubar e ameaçar o gestor. Esta tomando aos poucos, com estes cinco jovens, uma nova cara, outra vontade de exercer  o que a constituição lhe autoriza. Fiscalizar o executivo, propor leis, avançar com a sociedade.

Agora perguntamos: para onde vai o governo Valmir da Integral? O que podemos esperar nesta cidade sitiada? Os agentes fiscalizadores, MP, TC, PF vão atuar? A justiça vai se manifestar e cassar Valmir? O que será dessa cidade sitiada? Será salva de seus próprios gestores?